O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, disse hoje (19) que o reforço ao colchão de liquidez do Tesouro com regra da PEC Emergencial (Proposta de Emenda Constitucional) – que autorizou o uso para esse fim, por três anos, do estoque do chamado superávit financeiro dos fundos públicos do Executivo – pode chegar a R$ 200 bilhões.
“A gente estima em R$ 160 bilhões, R$ 200 bilhões. É uma ajuda bastante importante nesse período de incerteza com a pandemia, cenário externo, inflação nos Estados Unidos. Para a gestão da dívida vai ser muito importante para os próximos meses fortalecer esse colchão”, disse Funchal durante evento virtual da XP.
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Estimativas iniciais do Tesouro logo após a aprovação da PEC calculavam que o impacto da nova regra seria próximo a R$ 100 bilhões neste ano, com volume menores de recursos entrando em 2022 e 2023.
O reforço ainda maior ao colchão usado para amortizar a dívida pública deve trazer mais tranquilidade à gestão da dívida em um ano de concentração de vencimentos e no qual as despesas primárias do governo estarão cada vez mais pressionadas por despesas relacionadas à pandemia da Covid-19.
Em janeiro, o Tesouro informou que sua reserva de liquidez estava em R$ 800 bilhões, valor que seria suficiente para cobrir os vencimentos de títulos da dívida pública pelos seis meses seguintes. No ano todo, os vencimentos de dívida totalizam R$ 1,4 trilhão, sendo que metade desse volume terá de ser rolada até abril. (Com Reuters)
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