O grupo de educação Yduqs teve prejuízo de R$ 102,6 milhões no quarto trimestre, ante lucro de R$ 58,1 milhões em igual etapa de 2019, ao refletir os efeitos da crise criada pela pandemia e da gradual descontinuidade do Fies.
A companhia especializada em ensino superior e dona de Estácio, entre outras, anunciou ontem (17) que sua receita líquida no período cresceu 14,4%, a R$ 963 milhões. Mas esse crescimento refletiu sobretudo os efeitos de aquisições, como as do grupos Adtalem e Athenas.
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Em termos operacionais, o Ebitda (resultado medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) caiu 50,8% ano a ano, para R$ 114,2 milhões, e refletiu a perda de receita do programa federal Fies, além de concessão de descontos e maiores provisões para perdas com inadimplência, em meio à crise econômica decorrente da pandemia.
A empresa citou ainda leis e decisões na justiça que implicaram em concessão linear de descontos e provocaram impacto de R$ 83,8 milhões no trimestre.
O segmento presencial da Yduqs fechou 2020 com 335 mil alunos, uma alta de 8,5%, com resultado das aquisições. Sem elas, a base de alunos de graduação caiu em 7,4%. Em contrapartida, o ensino digital a base cresceu 49,8%, número que sobe para 64%, para 427 mil, se incluir as aquisições.
O capex da Yduqs somou R$ 194 milhões no trimestre, alta de 44% sobre um ano antes, reflexo de maiores investimentos em transformação digital e tecnologia da informação.
A posição de caixa da companhia fechou 2020 em R$ 1,63 bilhão, um aumento de 168,1% em 12 meses, consequência das emissões de dívida para financiarem recentes aquisições.
Ao mesmo tempo, a dívida líquida deu um salto de 190%, para R$ 3,2 bilhões, com a alavancagem financeira medida pela relação dívida/Ebitda ajustado de 0,1 vez para 1,4 vez. (com Reuters)
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