A B3 começa hoje (19) a disponibilizar dispositivos de maior capacidade em seu data center, atendendo à demanda por estrutura para suportar operações de maior densidade como os investimentos de alta frequência (HFT).
O produto faz parte dos serviços de colocation, que permitem a instalação de infraestrutura para operar com baixíssima latência, o prazo de execução das transações.
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“O serviço permitirá ligar infraestruturas de negociação eletrônica mais complexas”, disse à Reuters o superintendente de Produtos e Serviços de TI da B3, Alexandre Jahnecke.
Chamados de racks, os dispositivos que armazenam dados computacionais dos clientes são diretamente ligados à Puma, plataforma de negociação da B3, em Santana do Parnaíba (SP).
Para processar operações cada vez maiores e mais complexas de investidores que respondem por parcelas crescentes dos volumes de negócios com ações e derivativos na bolsa paulista, os racks precisam de maior capacidade energética. Com 15kW, os novos da B3 têm capacidade 2,5 vezes maior que os tradicionais.
Clientes como bancos, corretoras e gestoras de fundos, entre outros, podem preferir alugar data centers de terceiros, também ligados ao Puma. Mas dados recentes mostram que a concentração das operações na estrutura da B3 tem crescido.
No primeiro trimestre, as operações originadas por meio dessa estrutura na B3 representaram 39% do volume médio diário de negócios no mercado à vista de ações bolsa paulista, ante 35% um ano antes. No segmento de derivativos, a fatia do colocation subiu de 53% para 59% entre os mesmos períodos.
Isso, sem contar que o volume médio dos mercados à vista e de derivativos subiu 26% e 53%, respectivamente, impulsionados pela volatilidade na bolsa brasileira no período.
Segundo Jahnecke, além de permitir redução da latência, os novos racks têm maior capacidade para dar vazão a operações de maior densidade, em geral usando instrumentos como inteligência artificial e machine learning.
O equipamento novo será ofertado com um aluguel de R$ 16 mil, dentro de um contrato de três anos. O rack tradicional custo R$ 7,7 mil por mês. (Com Reuters)
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