O otimismo sobre a economia global está em níveis nunca vistos, em meio a um “boom” econômico patrocinado por abundante liquidez e que deve perdurar, disseram profissionais do Bank of America, minimizando riscos de mudanças bruscas nas políticas monetárias nos Estados Unidos e na zona do euro.
De acordo com relatório do banco, 92% dos indicadores proprietários de crescimento –que refletem análises da equipe de pesquisa global da instituição– apontam sinais “bullish” (otimistas) ou neutros.
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A porcentagem ronda esse nível desde dezembro passado e segue bem distante de uma mínima de 14% registrada em abril de 2020, quando o mundo enfrentava os fortes impactos iniciais da pandemia de Covid-19.
A trajetória ascendente, segundo os analistas do BofA, deve continuar. Nesse ambiente, as recomendações são de compra de ações de valor, cíclicas, commodities e small-caps.
“A história sugere que as chances são a favor de que isso aconteça, visto que as expansões nos EUA tendem a durar mais do que as contrações”, afirmaram, lembrando que, em média, os períodos de crescimento econômico nos EUA duram 65 meses, ou cinco anos e meio.
O BofA prevê que a economia global vai crescer 5,8% em 2021 e 4,5% em 2022, “substancialmente” acima da média de 3,5% dos últimos 20 anos. Os EUA devem mostrar forte crescimento de 7,0% e 5,5%, respectivamente.
O banco lembrou que a reversão de ciclos de expansão geralmente ocorre com mudanças na postura de bancos centrais de “dovish” (pró-estímulos) para “hawkish” (reticente a mais estímulos). Mas os estrategistas de juros da instituição não preveem “tapering” (redução de estímulos) até o próximo ano, com alta de juros ainda mais tardia –apenas no segundo semestre de 2023. (Com Reuters)
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