As operações de crédito bancário pessoal com novos tomadores inscritos no Cadastro Positivo tiveram spread 10,4% menor, em média, do que o praticado em operações com tomadores pessoas físicas fora do cadastro, disse o BC (Banco Central) hoje (3).
A diferença corresponde a 31 pontos percentuais, considerando uma taxa de juros média de 299% ao ano, disse o BC em nota, informando que o levantamento foi feito pela autarquia nas operações de crédito pessoal não consignado.
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Citando informações dos birôs de crédito de dezembro de 2020, o BC disse que a inclusão das informações do Cadastro Positivo nas pontuações de crédito das pessoas físicas levou a que 41% dessas pessoas migrassem para faixas de menor risco, enquanto 26% pioraram sua faixa de risco e 33% permaneceram na mesma faixa.
Para as empresas, 30% foram beneficiadas com a migração para faixas de menor risco, enquanto 20% passaram para faixas de maior risco e 50% não sofreram alteração de classificação.
No total, o número de cadastrados no Cadastro Positivo aumentou mais de 15 vezes desde que a inclusão das informações dos clientes bancários e consumidores passou a ser feita de forma automática, salvo manifestação em contrário, disse o Banco Central.
Esse novo formato do cadastro, que reúne informações de adimplência de pessoas físicas e jurídicas, entrou em vigor em meados de 2019, após a aprovação de lei pelo Congresso Nacional e posterior regulamentação pelo governo.
A maior parcela das informações é fornecida pelas instituições financeiras. Neste ano também devem ser incorporados dados disponibilizados por prestadores de serviços de telecomunicações. Também há a previsão de inclusão de informações prestadas por empresas de eletricidade, gás, água e esgoto, ainda sem data definida. (Com Reuters)