Fundos e especuladores dos mercados futuros dos Estados Unidos estão adotando posições compradas em real pela primeira vez em quase dois anos, mostraram dados da CFTC (Comissão de Negociação dos Futuros de Commodities, na sigla em inglês), acompanhando o aumento dos juros em 2021 e as expectativas de crescimento econômico.
Com a inflação subindo e o Banco Central dando um início agressivo a seu ciclo de aumento da taxa Selic, a recente reviravolta no posicionamento líquido dos fundos na CFTC foi uma das mais rápidas já registradas.
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Números divulgados na última sexta-feira (14) indicam que os fundos estavam comprados em real com 2.513 contratos na semana encerrada em 11 de maio, em comparação com uma posição vendida líquida de 9.898 contratos na semana anterior.
Ficar comprado em relação a um ativo financeiro é apostar que seu valor aumentará, e operar vendido é o oposto.
É a primeira vez desde agosto de 2019 que o posicionamento em relação ao real fica comprado na CFTC. A mudança ante uma posição líquida vendida de 26.286 contratos em 27 de abril representa o maior salto em duas semanas nas apostas de alta do real em mais de seis anos.
“O fluxo de notícias de Brasília continua quieto e continua a ser favorável para o desempenho superior do real”, escreveram estrategistas do Citi em uma nota hoje (17), acrescentando que os fluxos têm melhorado nas últimas semanas “particularmente dentro da comunidade alavancada”.
No início de março, o real estava próximo de R$ 6,00 por dólar e com queda de 10% no acumulado do ano. Nesta segunda-feira, ele está sendo negociado a cerca de R$ 5,31 por dólar. (com Reuters)
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