A Gerdau espera uma continuação na forte demanda por aço no Brasil e nos Estados Unidos no segundo trimestre, apesar das diferentes etapas das campanhas de vacinação contra Covid-19 vividas por cada país, afirmou hoje (5) o presidente-executivo da companhia, Gustavo Werneck.
Ele disse que a siderúrgica certamente enxerga possibilidade de ampliação de resultados no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano, quando a empresa viu o lucro líquido disparar para cerca de R$ 2,5 bilhões.
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Werneck inclui nessa conta, além do avanço da vacinação, uma eventual contínua melhora nas entregas de veículos por montadoras, atividade aquecida de setores ligados à construção e mesmo a mudança na postura da China de reduzir incentivos às exportações de aço do país.
Questionado durante teleconferência com analistas sobre a perpetuidade do nível de margem obtida no primeiro trimestre, Werneck foi categórico em dizer que “enxergamos condição estrutural, sim, pelos próximos trimestres das margens se manterem”. Ele comentou também que o nível de utilização de capacidade de produção de aço da Gerdau no Brasil está em cerca de 75% e nos Estados Unidos próxima de 91%.
No primeiro trimestre, a Gerdau apurou margem Ebitda (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) de 26,4%, um salto ante os 12,8% de um ano antes e maior que os 22,4% dos quarto trimestre de 2020.
Segundo Werneck, os prêmios de preços de aço no Brasil, a relação entre o valor de venda da liga no país e o preço internacional, estão baixos, tanto em aços planos quanto em longos, apesar de aumentos seguidos promovidos pelo setor desde meados do ano passado. Ele afirmou que os prêmios atualmente são “da ordem de 10%” por causa da volatilidade cambial e de sucessivos aumentos nos preços internacionais.
Ele evitou fazer comentários sobre novos reajustes como fizeram as rivais Usiminas e CSN recentemente, mas, mais cedo, durante teleconferência com jornalistas, afirmou que Gerdau vai buscar manter no segundo trimestre patamar de rentabilidade semelhante ao do início do ano.
Questionado sobre uma eventual mudança na política de dividendos, diante da forte geração da caixa, o vice-presidente financeiro da Gerdau, Harley Scardoelli, afirmou que não há planos para tanto e que os retornos aos acionistas já estão sendo ampliados pela própria melhoria nos resultados da companhia.
Por volta de 15h50, as ações preferenciais da Gerdau disparavam 5,8%, a R$ 34,55, maior alta do Ibovespa, que subia 1,56%. Na máxima até o momento, os papéis chegaram a R$ 35. (Com Reuters)
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