O governo central, composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou um superávit primário de R$ 16,5 bilhões em abril, divulgou o Tesouro hoje (27).
No acumulado do ano, o governo central acumula superávit de R$ 41 bilhões. O resultado, de acordo com o Tesouro, é influenciado pela evolução da arrecadação, bem como pela redução “significativa” de despesas relacionadas à Covid-19 na comparação com 2020.
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Já no acumulado em 12 meses, o rombo até abril foi de R$ 646 bilhões, equivalente a 7,9% do PIB (Produto Interno Bruto).
Em abril de 2020, quando a economia do país já era impactada pelo coronavírus e medidas de fechamento, o governo central registrou déficit primário de R$ 93 bilhões, recorde histórico para o mês. No primeiro quadrimestre do ano passado, o déficit acumulado foi de R$ 95,9 bilhões.
As receitas líquidas do governo central caíram 34,4% em termos reais em abril na comparação anual, enquanto as receitas líquidas cresceram 58,8%.
Em comunicado, o Tesouro disse que a “dinâmica positiva” da atividade econômica, somada à estratégia de afrouxamento fiscal apenas para medidas relacionadas ao combate da pandemia da Covid-19, tem levado a déficits primários próximos ao piso das estimativas de mercado.
Ainda de acordo com o órgão, as condições favoráveis são representadas, principalmente, pelas taxas de juros de longo prazo, “que determinarão a retomada dos investimentos, a geração de novos empregos e o crescimento sustentável do PIB”.
“Observa-se que, mesmo com um início mais rápido do ciclo de aperto monetário, não houve piora da percepção dos riscos fiscais”, menciona o Tesouro, destacando que desde a primeira elevação de juros pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central), em março, o risco-país de 5 anos recuou 20 pontos-base. (Com Reuters)
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