O Ministério da Economia elevou sua projeção de crescimento do PIB este ano para 3,50% e também aumentou a estimativa de inflação para 5,05%, patamar ainda mais distante do centro da meta de 3,75% para o período, mostrou a mais nova edição do Boletim MacroFiscal divulgado pela SPE (Secretaria de Política Econômica) hoje (18).
O boletim anterior, de março, previa uma alta de 3,20% do PIB e de 4,42% do IPCA para 2021. No novo documento, a SPE destacou que os resultados melhores para a atividade no começo deste ano e a expectativa de continuidade do processo de vacinação, com impacto positivo sobre o setor de serviços no segundo semestre, justificaram a revisão da projeção de crescimento.
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Já no caso do IPCA, o boletim chamou atenção para a alta acumulada de 15,55% da inflação do grupo alimentação no domicílio nos 12 meses até abril.
O mercado estima crescimento de 3,21% do PIB este ano, com inflação de 5,15%, segundo a mediana das projeções levantadas pelo Banco Central em seu relatório Focus.
As projeções do governo para 2022 foram mantidas em crescimento de 2,50% do PIB e de 3,50% do IPCA. A meta de inflação para o ano que vem é de 3,50%. Tanto neste ano quanto no próximo, há uma margem de tolerância na meta de 1,5% acima ou abaixo.
“Apesar do valor (da estimativa para o IPCA) estar acima da meta de inflação de 3,75% para o ano de 2021, o mesmo encontra-se dentro do intervalo de tolerância”, ponderou a SPE no boletim, acrescentando que as projeções convergem para o centro da meta a partir do próximo ano.
Andamento da Vacinação
O boletim chamou a atenção para o impacto da vacinação sobre o crescimento. Levantamento feito pela secretaria com dados de 30 países sugere que cada aumento de 10% das doses de vacina da Covid-19 aplicadas por 100 habitantes está associada a uma elevação de 0,13 ponto, em média, da projeção de crescimento.
“A vacinação em massa é imprescindível tanto para o crescimento econômico atual como para o crescimento futuro”, disse a SPE”, ressaltando o impacto favorável sobre produto, renda e expectativas. (com Reuters)
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