A digitalização das grandes corporações está em constante evolução, principalmente em tempos de home office, mas ainda há muito o que avançar. Um estudo realizado pela consultoria internacional Bip mostra que o caminho ainda é longo: em uma escala de 1 a 5, a média obtida pelas grandes empresas na última edição do estudo, de 2020, foi 2,7, considerado um nível intermediário de maturidade digital. O relatório reúne anualmente 50 das maiores multinacionais globais, com faturamento acima de US$10 bilhões e mais de dez anos de presença no mercado.
As empresas analisadas são sediadas nos continentes Americano, Europeu e Asiático dos segmentos de energia, óleo e gás, finanças, mineração, tecnologia e outras, dentre elas 15% são brasileiras. Conforme a consultoria, o estudo revela que cada setor tem uma jornada de transformação digital própria. Os mais avançados foram o financeiro (média 3), seguido pelo setor elétrico (média 2,9) e de tecnologia (2,8). Na lanterna estão empresas do setor de mineração (pontuação média de 1,9).
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O líder da Bip Brasil, Flávio Menezes, avalia que as empresas que têm relação direta com o cliente final, conhecidas como B2C, foram praticamente empurradas para o ambiente digital. “Empresas com modelos de negócio B2C se viram obrigadas a acelerar a transformação digital para sobreviverem ou melhorarem a experiência para o usuário. Com a crise econômica global, a transformação digital ganha um outro dinamismo em termos de urgência e, além de promover mudanças, deve apoiar os líderes no ganho de eficiência dos negócios a partir da aplicação de tecnologias.”
Menezes analisa ainda que as empresas mais maduras em transformação digital são aquelas que definiram uma estratégia digital muito clara, com orçamento direcionado para esta finalidade e treinamento do quadro de funcionários.
Nesta edição do estudo, 50% das companhias consultadas são de capital aberto, 26% privadas, 11% estatais e 13% organizações de economia mista. Conforme os critérios avaliados pela Bip, as empresas tiveram melhor desempenho no critério de implementação de estratégias digitais, com pontuação média de 2,9. Na implementação de uma cultura da inovação as companhias analisadas obtiveram média 2,8. Os resultados mais baixos foram obtidos nos quesitos cultura do uso de dados para a tomada de decisões (2,6) e experiências do usuário (2,3).
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