O Ibovespa abriu em queda de 0,16% na sessão de hoje (17), a 121.680 pontos, mas passou a oscilar logo na sequência, seguindo o tom global de aversão ao risco, e o consequente avanço por ativos de proteção, como o dólar norte-americano. A política doméstica também segue no radar dos investidores: a CPI da Covid-19 retoma os depoimentos amanhã (18), enquanto líderes do Congresso devem debater o remanejamento de verbas do orçamento para este ano. O presidente da Câmara, Arthur Lira, prometeu também detalhar os planos para a Reforma Tributária nesta semana.
O dólar inicia o dia em alta de 0,74% ante o real, a R$ 5,3093, seguindo o movimento global da divisa norte-americana, com o menor apetite por risco. De acordo com o estrategista-chefe do banco Mizuho à Reuters, Luciano Rostagno, o cenário se soma aos dados da China. “Hoje há um pouco de aversão a risco lá fora por causa de dados da China que vieram um pouco abaixo da expectativa, então moedas ligadas a commodities se desvalorizam em relação ao dólar.”
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O Boletim Focus de hoje trouxe como destaque as mudanças para o PIB (Produto Interno Bruto): para 2021, a pesquisa elevou a estimativa de +3,21% para +3,45%; para o próximo ano, a expectativa foi de +2,33% para +2,38%. A projeção para o dólar foi reduzida de R$ 5,35 para R$ 5,30 neste ano, e de R$ 5,40 para R$ 5,35 em 2022. Já o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) teve estimativa elevada de 5,06% para 5,15% em 2021, e de 3,61% para 3,64% no ano que vem. A perspectiva da taxa Selic foi mantida em 5,50% para 2021 e elevada de 6,25% para 6,50% em 2022.
Mais cedo, a FGV (Fundação Getulio Vargas) trouxe o avanço de 3,24% na leitura mensal do IGP-10 de maio, acima da expectativa de 2,71%. O IPC-S subiu 0,35%, ante alta de 0,87% no mesmo período de abril.
O mercado futuro norte-americano abre a segunda-feira em queda, após semana de incertezas com os temores quanto aos dados de inflação. Na próxima quarta-feira (26), o Federal Reserve irá divulgar a ata da última reunião do comitê de política monetária.
As ações europeias operam mistas, com os investidores globais ponderando sobre uma elevação na inflação e o aumento de casos de Covid-19, principalmente na Índia. Enquanto isso, o Reino Unido continua a flexibilizar as medidas de distanciamento social nesta semana, ainda que o primeiro-ministro, Boris Johnson, defenda uma reabertura cautelosa.
O índice europeu Stoxx 600 cai 0,10% às 10:30. Na Alemanha, o DAX recua 0,06% e o CAC 40, 0,26% na França. Na Itália, o FTSE MIB é negociado em alta de 0,24%, e o FTSE 100, em baixa de 0,39% no Reino Unido.
O mercado asiático fechou o dia com altas, com impulso de papéis dos setores de consumo e saúde, apesar da divulgação de dados econômicos na China abaixo das expectativas do mercado. A produção industrial do país cresceu 9,8% em abril sobre o ano anterior, abaixo do salto de 14,1% de março, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas. As vendas no varejo, por sua vez, aumentaram 17,7%, abaixo da projeção de alta de 24,9% e do ganho de 34,2% em março.
Diante dos resultados, autoridades alertaram para novos problemas que afetam a recuperação na segunda maior economia do mundo. Enquanto os exportadores da China estão vendo demanda forte, gargalos na cadeia global de oferta e aumento dos custos de matérias-primas pesaram sobre a produção, enfraquecendo a recuperação econômica das perdas do ano passado devido à Covid-19.
Os futuros do minério de ferro se recuperaram de quedas recentes na bolsa de Dalian e subiram 0,9%.
O índice Shanghai subiu 0,78%; o Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 0,59%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em alta de 1,74%. No Japão, o índice Nikkei foi na contramão da região e caiu 0,92%. (Com Reuters)
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