O Ibovespa encerrou o pregão de hoje (25) em queda de 0,84% aos 122.987 pontos, acompanhando a virada negativa das Bolsas norte-americanas na sessão e o viés baixista que atinge as empresas de mineração e siderurgia, com preocupações relacionadas às medidas de controle nos preços do aço na China.
No contexto doméstico, a prévia da inflação brasileira em maio apresentou novo arrefecimento, com o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) subindo 0,44% na leitura de maio, contra alta de 0,60% em abril, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar da desaceleração, a taxa é ainda a maior para o mês em cinco anos e acumula alta em 12 meses bem acima do teto da meta oficial, em 7,27%.
“O mercado digere sem estresse o IPCA-15 de maio, que ficou abaixo do esperado pelo mercado e trouxe certo alívio para a curva de juros, apesar das preocupações quanto ao rumo do fiscal com rumores de uma nova rodada de estímulos de renda pelo governo”, comenta Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defendeu hoje que o Congresso estude a necessidade de prorrogação do auxílio emergencial concedido pelo governo federal por quatro meses neste ano e avalie um programa que amplie ou substitua o Bolsa Família.
Ainda em Brasília, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou nesta terça-feira a admissibilidade da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma administrativa, primeiro passo para o texto que muda as regras no serviço público tramite no Congresso.
Aprovada a admissibilidade, quando os parlamentares avaliam se a proposta cumpre requisitos constitucionais e jurídicos, a PEC segue agora para uma comissão especial que discutirá seu mérito. A reforma altera disposições sobre servidores, empregados públicos e organização administrativa, na intenção de “conferir maior eficiência, eficácia e efetividade à atuação do Estado”.
O dólar fechou em leve alta contra o real, avançando 0,25% e negociado a R$ 5,3371 na venda, abandonando as quedas do início do dia com a piora nos mercados externos na parte da tarde e operadores acompanhando o ambiente doméstico fiscal.
Entre os indicadores do dia, a confiança do consumidor brasileiro subiu para 76,2, em maio, acima da leitura anterior de 72,5, segundo dados da FGV (Fundação Getulio Vargas). Já nos Estados Unidos, a confiança do consumidor divulgada hoje pelo The Conference Board registrou leve recuo, em 117,2 neste mês, contra 117,5 em abril.
Os mercados acionários norte-americanos terminaram o dia no vermelho, com investidores ainda repercutindo as expectativas para a tendência inflacionária nos EUA e possíveis mudanças na condução da política pelo Federal Reserve.
No fechamento, o Dow Jones recuou 0,24%, para 34.312 pontos, o S&P 500 perdeu 0,21%, para 4.188 pontos e o Nasdaq teve variação negativa de 0,03%, para 13.657 pontos. Os yields dos Treasuries de longo prazo caíam pelo quarto dia consecutivo no fim desta terça-feira, com a taxa do papel de dez anos, referência do mercado, atingindo nova mínima de duas semanas a 1,56%. (com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.