A maior companhia de aluguel de veículos e gestão de frotas do país, Localiza, divulgou ontem (3) que teve lucro líquido de R$ 482,3 milhões no primeiro trimestre, mais que o dobro do desempenho do mesmo período do ano passado.
A empresa, que apresentou no final do ano passado uma oferta de compra da rival Unidas, apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 805,8 milhões, crescimento de 27,4% na comparação anual.
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Analistas, em média, esperavam que a Localiza divulgasse lucro líquido de R$ 450,5 milhões para o período de janeiro ao fim de março e Ebitda de 836,2 milhões, segundo dados da Refinitiv.
Na semana passada, a Unidas divulgou lucro recorde para o primeiro trimestre, apesar de novas medidas de isolamento social adotadas por vários governos municipais e estaduais entre março e abril que atingiram uma série de setores, incluindo o de locação de carros.
A Localiza apurou um lucro operacional de R$ 708,4 milhões, avanço de cerca de 63% sobre um ano antes, apesar da receita ter ficado praticamente estável, em R$ 2,78 bilhões no trimestre.
Assim como a Unidas, a Localiza cita no balanço dificuldades na oferta de carros novos por parte das montadoras o que contribuiu para uma elevação de mais de 23% nos preços dos carros usados. Esse movimento elevou a margem de lucro da divisão de venda de seminovos em 12 pontos percentuais ao mesmo tempo que contribuiu para reduzir em R$ 100,9 milhões a depreciação da frota da companhia.
Segundo a Localiza, a margem Ebitda da divisão de seminovos, de 13,5% no primeiro trimestre, “tende a sustentar um patamar mais elevado ao longo desse ano”.
Porém, a empresa alertou que “a depreciação média por carro, tenderá a subir à medida que os volumes de compras retomem patamares mais altos e os carros 100% depreciados sejam vendidos”.
A Localiza também citou que o lucro foi ajudado por R$ 105,3 milhões a menos em despesas financeiras decorrentes de menores taxas de juros.
Na divisão de gestão de frotas para empresas, a Localiza afirmou que a demanda “está forte”, mas a demora nas entregas de veículos novos pelas montadoras tem dificultado a diluição dos custos. Na semana passada, executivos da Unidas afirmaram que as montadoras informaram que devem passar a entregar veículos numa velocidade maior a partir do terceiro trimestre.
A associação de montadoras, Anfavea, divulgará os dados do setor em abril na sexta-feira e deverá se posicionar a respeito das dificuldades na produção geradas por medidas de isolamento social e problemas em fornecimentos de componentes como chips usados em sistemas eletrônicos dos veículos. (Com Reuters)
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