As finanças públicas do Brasil melhoraram de forma significativa em abril, de acordo com dados do Banco Central divulgados hoje (31), uma vez que um forte superávit orçamentário contribuiu para a maior queda na dívida do governo como proporção do PIB em mais de uma década.
A dívida pública bruta ficou caiu a 86,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em abril, nível mais baixo desde julho do ano passado, ante 88,9% no mês anterior. O recuo de 2,2 p.p. foi o mais acentuado na comparação mensal desde dezembro de 2010, segundo dados da Refinitiv.
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A dívida líquida, por sua vez, alcançou 60,5% do PIB em abri, também recuando de 61,1% em março. Foi o patamar mais baixo desde outubro.
Receitas fiscais mais fortes do que o espero nos últimos meses ajudaram a melhorar a perspectiva para as finanças públicas brasileiras, tanto que o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na semana passada que as contas do governo devem voltar a ser superavitárias em 2024 ou mesmo 2023.
Os dados divulgados também nesta segunda-feira pelo BC mostraram ainda que o setor público consolidado brasileiro registrou superávit primário de R$ 24,255 bilhões em abril, contra expectativa em pesquisa da Reuters de um excedente de R$ 16,75 bilhões.
Levando em conta também as despesas com juros, o país teve um superávit nominal de R$ 29,966 bilhões no mês. No acumulado em 12 meses até abril, o rombo primário equivale 7,08% do PIB, ou R$ 544,526 bilhões, menor déficit desde junho do ano passado, contra 8,77% do PIB em dado revisado de março. (com Reuters)
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