Mesmo com a pandemia de coronavírus forçando cortes salariais e dispensas nos Estados Unidos, uma nova pesquisa da Equilar, realizada a pedido do The New York Times, descobriu que os salários dos CEOs nas empresas de capital aberto continuaram a subir em 2020 na comparação com os pagamentos destinados aos colaboradores nessas organizações.
Das 200 empresas com os maiores pacotes de remuneração aos CEOs incluídos na pesquisa, 68% tinham diferenças maiores entre a remuneração do líder e a do empregado no ano de 2020 do que antes da pandemia.
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O salário de CEOs aumentou 14,1% em 2020 em relação a 2019, de acordo com o New York Times, enquanto o salário médio dos empregados aumentou 1,9% durante o mesmo período.
O New York Times atribui o salto na remuneração de executivos às estruturas corporativas de “pagamento por desempenho”, que recompensam os CEOs quando as ações de uma empresa sobem (o S&P 500 disparou 16,3% em 2020), bem como prêmios de ações generosos e concessões que CEOs podem receber, mesmo que sua empresa não tenha um bom desempenho no mercado público.
O CEO mais bem pago na pesquisa do New York Times foi Alexander Karp, da empresa de dados Palantir, que levou para casa US$ 1,1 bilhão no ano passado.
Tony Xu, da Doordash, ficou em segundo lugar, com US$ 414 milhões em remuneração e Eric Wu, da OpenDoor, ficou em terceiro lugar com US$ 370 milhões em remuneração.
Das 13 CEOs mulheres da lista, a mais bem paga foi a Dra. Lisa Su, da fabricante de chips Advanced Micro Devices, que recebeu US$ 40 milhões em 2020.
Oito executivos na lista de 200 do New York Times ganharam mais de US$ 100 milhões em 2020, em comparação com apenas um em 2019.
Recentemente, parlamentares democratas apresentaram uma legislação para impor penalidades fiscais a grandes corporações que pagam aos seus principais executivos pelo menos 50 vezes o salário médio dos funcionários.
Nos EUA, muitas empresas estão aumentando os salários para atender a um enorme aumento na demanda por trabalhadores, à medida que a economia reabre. De acordo com dados divulgados na semana passada pelo Departamento de Trabalho, a remuneração média por hora dos empregados privados não-agrícolas aumentou US$ 0,21 entre março e abril e US$ 0,15 entre abril e maio. “Os dados dos últimos dois meses sugerem que a crescente demanda por mão de obra associada à recuperação da pandemia pode ter pressionado os salários para cima”, diz o relatório do Departamento do Trabalho, mas também observando que os ganhos variam amplamente entre os setores.
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