O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) passou a subir 0,60% em junho, depois de ter avançado 4,10% no mês anterior, uma vez que a valorização recente do real e a queda dos preços em dólar de commodities importantes aliviaram a inflação no atacado.
O dado divulgado hoje (29) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou abaixo da expectativa em pesquisa da “Reuters” de alta de 1,01%, e passa a acumular em 12 meses avanço de 35,75%.
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Os dados da FGV mostraram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, desacelerou a alta a 0,42% em junho, contra 5,23% em maio.
Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços, “a combinação de valorização do real com o recuo dos preços em dólar de commodities importantes fez o grupo Matérias-Primas Brutas do IPA cair 1,28% em junho, ante alta de 10,15% no mês passado”, levando à desaceleração acentuada no atacado.
Entre os componentes das Matérias-Primas Brutas, o destaque ficou com os itens minério de ferro (20,64% para -3,04%), soja em grão (3,74% para -4,71%) e milho em grão (10,48% para -5,50%).
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), de peso de 30% sobre o índice geral, teve alta de 0,57% no período, resultado abaixo da taxa de 0,61% vista em maio.
O principal responsável por essa leitura, segundo a FGV, foi o grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que desacelerou a alta a 0,07% em junho, ante 0,89% no mês anterior. O item medicamentos em geral subiu 0,62% no período, depois de registrar ganho de 2,39% em maio.
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, passou a subir 2,30% no mês de junho, de um avanço de 1,80%no mês anterior.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis. (Com Reuters)
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