Uma medida da atividade industrial dos Estados Unidos atingiu máxima recorde em junho, mas os fabricantes ainda estão lutando para garantir matérias-primas e mão de obra qualificada, aumentando substancialmente os preços para empresas e consumidores.
A empresa de dados IHS Markit disse hoje (23) que seu PMI (Índice de Gerentes de Compras) preliminar de manufatura dos EUA subiu para 62,6 neste mês. Essa foi a leitura mais alta desde que a pesquisa foi expandida para cobrir todas as indústrias manufatureiras, em outubro de 2009. O dado veio depois de uma leitura final de 62,1 em maio.
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A sondagem foi realizada entre os dias 10 e 22 de junho. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice cairia para 61,5. Uma leitura acima de 50 indica crescimento da manufatura, que responde por 11,9% da economia dos EUA.
A força na atividade manufatureira impulsionou as expectativas de economistas de um crescimento de dois dígitos no segundo trimestre. Uma maior demanda por bens de consumo em detrimento da busca por serviços, à medida que a pandemia de Covid-19 manteve os norte-americanos em casa, permanece robusta mesmo com a vacinação e trilhões de dólares em auxílio do governo permitindo uma reabertura mais ampla da economia.
Mas a oferta está tendo dificuldades para lidar com o aumento da demanda, levando ao acúmulo de trabalho inacabado, bem como a preços acelerados das matérias-primas e produtos acabados, que estão alimentando uma inflação mais alta.
O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse a parlamentares ontem (22) que a inflação “aumentou notavelmente nos últimos meses”, o que ele atribuiu em parte aos gargalos de oferta e à retomada dos gastos à medida que a economia reabre. Powell expressou otimismo, sugerindo que a inflação diminuirá “à medida que os efeitos transitórios da oferta diminuírem”.
A IHS Markit disse que “o tempo médio de entrega dos fornecedores aumentou no maior ritmo já registrado”.
A pesquisa do ISM sobre os preços pagos pelos fabricantes mostrou alta ao nível mais alto desde o início da série histórica. A IHS disse que “as empresas aumentaram seus preços de venda a um ritmo mais rápido em um esforço para repassar esses custos mais altos.”
O subíndice para novas encomendas caiu, ressaltando também que “as empresas lutam para encontrar funcionários ou atrair trabalhadores de volta ao mercado de trabalho”.
Embora o PMI preliminar do setor de serviços da IHS Markit tenha caído para 64,8 em junho, de uma leitura de 70,4 em maio, essa leitura ainda é a segunda maior desde o início da coleta de dados, em outubro de 2009.
Empresas do setor de serviços, que responde por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, estão preocupadas com o aumento da inflação e com a dificuldade em encontrar mão de obra qualificada e pessoas dispostas a trabalhar.
Há um recorde de 9,3 milhões de vagas abertas. Cerca de 9,3 milhões de pessoas estão classificadas como oficialmente desempregadas.
Com a moderada atividade de serviços, a atividade geral de negócios diminuiu neste mês. O índice PMI Composto preliminar da pesquisa, que acompanha os setores de manufatura e serviços, caiu para 63,9 em junho, de uma leitura final de 68,7 em maio. (Com Reuters)
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