As vendas no varejo dos Estados Unidos caíram mais do que o esperado em maio, com os gastos voltando para os serviços em vez de bens, já que as vacinações permitem que os norte-americanos viajem e participem de outras atividades que antes estavam restritas devido à pandemia.
As vendas no varejo caíram 1,3% no mês passado, informou o Departamento do Comércio hoje (15). Os dados de abril foram revisados para cima para mostrar que as vendas aumentaram 0,9%, em vez de permanecerem inalteradas conforme publicado anteriormente. Economistas consultados pela Reuters esperavam uma queda de 0,8% nas vendas no varejo.
Durante a pandemia, a demanda mudou para bens como eletrônicos e veículos, uma vez que milhões de pessoas trabalhavam em casa, estudavam online e evitavam o transporte público.
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Agora, mais da metade dos adultos norte-americanos foram totalmente vacinados, aumentando a demanda por viagens aéreas, acomodação em hotéis, jantares e entretenimento, entre outras atividades. Vacinas, trilhões de dólares do governo norte-americano e taxas de juros baixas em nível recorde estão alimentando a demanda.
“A reabertura da economia significará provavelmente que alguns gastos discricionários em serviços começarão a competir com as compras de bens, que dominam o relatório de vendas no varejo”, disse Lou Crandall, economista-chefe da Wrightson ICAP. “As vendas totais no varejo estão muito acima da tendência pré-pandemia.”
Restaurantes e bares são as únicas categorias de serviços incluídas no relatório de vendas no varejo. O declínio de maio nas vendas no varejo também se deve a uma queda nas receitas das concessionárias. Isso refletiu a oferta restrita de veículos, já que a escassez global de semicondutores prejudicou a produção de automóveis.
Excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços alimentícios, as vendas no varejo caíram 0,7% no mês passado, após uma queda revisada de 0,4% em abril. O chamado núcleo de vendas no varejo se assemelha ao componente de gastos do consumidor no Produto Interno Bruto (PIB). Anteriormente, estimava-se uma queda de 1,5% em abril.
As vendas no varejo respondem pelo componente de bens dos gastos do consumidor, com serviços como saúde, educação, viagens e hospedagem em hotel compondo a outra parte.
No entanto, a demanda robusta está ultrapassando a oferta, impulsionando a inflação. Em relatório separado nesta terça-feira, o Departamento do Trabalho informou que seu índice de preços ao produtor para a demanda final aumentou 0,8% no mês passado, após alta de 0,6% em abril. No acumulado de 12 meses, o índice acelerou a 6,6% em maio, ante um avanço de 6,2% em abril. Economistas previam alta de 0,6% em maio e de 6,3% na comparação anual. (com Reuters)
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