A Fireblocks, custodiante de criptoativos israelense, anunciou ontem (27) a captação de US$ 310 milhões em uma rodada de financiamento Series D, levando a avaliação da empresa para US$ 2 bilhões.
A notícia vem em rápida sucessão à Series C, que levantou US$ 133 milhões e foi concluída em março de 2021. Até o momento, a empresa arrecadou o total de US$ 489 milhões em financiamento desde a sua fundação, em 2019.
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A rodada foi coliderada por novos investidores da fintech, a Sequoia Capital e a SCB 10X, braço de risco do Siam Commercial Bank, juntamente com outros investidores do negócio: Coatue, Stripes, Spark Capital e DRW VC. O Siam Commercial Bank é agora o terceiro banco global a investir na Fireblocks, juntando-se ao BNY Mellon e ao SVB Capital.
“O fato de aumentarmos significativamente o nosso balanço patrimonial e, mais ainda, a nossa avaliação, mostra para o mercado que estamos aqui para o longo prazo e que não seremos comprados por ninguém”, disse Michael Shaulov, CEO e cofundador da Fireblocks.
A Fireblocks não tem um produto voltado para o consumidor, mas vende seus serviços para instituições financeiras, como bancos, fundos de hedge, exchanges de criptomoedas e casas de crédito. Um ponto chave para os seus serviços de custódia é o uso de uma nova forma de segurança para carteiras, conhecida como MPC (Computação Multipartidária Segura), que é descentralizada, agnóstica de protocolo e mais flexível do que o padrão atual do multi-sig. Abreviação de “assinatura múltipla”, multi-sig significa que um certo número de signatários aprovados deve autorizar uma transação.
Devido ao crescente interesse institucional pelas criptomoedas neste ano, a Fireblocks teve um crescimento dramático em usuários e volume. A empresa passou de 100 clientes para 450 no intervalo de alguns meses em setores como negociação e varejo de criptomoedas, e instituições financeiras tradicionais. Desde sua fundação em 2019, a Fireblocks garantiu mais de 1 trilhão em ativos digitais sob custódia.
Além de reforçar suas principais linhas de negócios, a Fireblocks usará os fundos para ajudar instituições financeiras tradicionais na expansão de serviços para pagamentos, tokens de segurança e outros produtos financeiros baseados em blockchain.
A empresa também planeja entrar no espaço de ativos digitais, que Shaulov acredita estar prestes a se tornar uma tendência no futuro, com o bitcoin abrindo caminho para o interesse na área. “Em 2017, os bancos não levavam a sério [os ativos digitais]. O que estamos vendo agora é que essa discussão está sendo impulsionada pela liderança mais sênior dentro dos bancos”, diz.
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