No Forbes Radar de hoje (1º), todos os holofotes estão virados para a Petrobras. A petroleira levantou R$ 11,3 bilhões com a venda da sua participação na BR Distribuidora, a companhia também realizou ontem (30) o pré-pagamento ao fundo de pensão Petros de R$ 2,25 bilhões e recebeu da norueguesa BW Energy e a brasileira DBO Energy ofertas pelo polo marítimo de petróleo Golfinho, localizado na costa do Estado de Espírito Santo.
As companhias também anunciaram o pagamento do JCP (juros sobre capital próprio). A Magazine Luiza destinou R$ 100 milhões, com o valor bruto de R$ 0,0154 por ação, já a Qualicorp pagará o montante bruto de R$ 17 milhões, sendo R$ 0,06223 por ativo e a Hapvida definiu R$ 68 milhões, sendo R$ 0,01768 por papel.
Veja estes e outros destaques corporativos do dia:
Usiminas (USIM5) e Marcopolo (POMO4)
A Usiminas informou ontem (30) que estima um impacto positivo de R$ 2,4 bilhões, antes de efeitos fiscais, em seus resultados após a decisão do Supremo Tribunal Federal que excluiu o ICMS da base da cálculo do PIS/Cofins.
A companhia afirmou que o efeito no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da decisão do STF será de cerca de R$ 1,5 bilhão, “que deverão ser reconhecidos nas informações trimestrais da companhia”.
Já o Marcopolo irá contabilizar aproximadamente R$ 383 milhões a mais em suas demonstrações financeiras após decisão sobre a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS.
Petrobras (PETR4)
A Petrobras informou ontem (30) que levantou R$ 11,36 bilhões com a venda de sua participação na BR Distribuidora, no que representa a maior oferta de ações do ano no Brasil.
A petroleira vendeu toda a sua fatia remanescente de 37,5% em sua antiga subsidiária de distribuição de combustíveis, em uma oferta secundária de ações precificada a R$ 26 por papel da BR, disse a companhia em fato relevante.
O comunicado da empresa confirmou informação publicada anteriormente citando uma fonte com conhecimento direto do assunto.
A oferta secundária de ações, que envolveu 436,9 milhões de papéis, foi precificada com um desconto de 2,5% em relação ao valor de fechamento de ontem (30), de R$ 26,68.
A Petrobras já havia efetivamente privatizado a BR Distribuidora há dois anos, em outra oferta de ações, mas ainda mantinha uma participação na empresa, que agora foi totalmente desinvestida.
A Petrobras também realizou ontem (30) o pré-pagamento ao fundo de pensão Petros de R$ 2,25 bilhões, informou a empresa em fato relevante ao mercado.
A dívida havia sido contratada para realizar o parcelamento de contrapartida contributiva paritária assumida em um plano de equacionamento de déficit.
“O pré-pagamento está em linha com o processo de gestão de passivos da companhia, reduzindo as despesas com juros, além de contribuir para a melhoria da liquidez dos planos”, afirmou a empresa.
Petrobras aprova venda do Polo Alagoas à Petro+ por US$ 300 milhões
O conselho de administração da Petrobras havia aprovado nesta quarta-feira a venda da totalidade da participação da companhia no Polo Alagoas para a Petro+ por US$ 300 milhões, informou a estatal em fato relevante.
A petroleira destacou que o pagamento será dividido em uma parcela de US$ 60 milhões, a ser quitada na assinatura do contrato, e outra de US$ 240 milhões no fechamento da transação, que está sujeito a condições precedentes, como a aprovação da reguladora ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
A norueguesa BW Energy e a brasileira DBO Energy também enviaram ofertas pelo polo marítimo de petróleo Golfinho, da Petrobras, afirmaram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto.
A petroleira tem vendido dezenas de ativos nos últimos anos – de óleodutos a refinarias – com o objetivo de reduzir suas dívidas e focar na produção de petróleo em águas profundas.
Dentre os ativos à venda, estão campos de petróleo maduros, como Golfinho. Localizado na costa do Espírito Santo, Golfinho produziu aproximadamente 14.900 barris de petróleo por dia e 750 mil metros cúbicos de gás por dia em 2020, de acordo com os documentos divulgados pela Petrobras.
A Petrobras não quis fazer comentários. Já BW e DBO não responderam a pedidos de comentários.
CSN (CSNA3)
A CSN anunciou ontem (30) contrato de compra da Elizabeth Cimentos e Elizabeth Mineração, que atua na região Nordeste, em especial na Paraíba e Pernambuco. O negócio foi avaliado em R$ 1,08 bilhão e envolve pagamento em caixa, aporte de capital e assunção de dívidas.
A aquisição adiciona uma capacidade produtiva para a CSN Cimentos de 1,3 milhão de toneladas por ano. Com o fechamento da operação, a empresa passará a ter uma capacidade total de 6 milhões de toneladas por ano e presença mais abrangente no país.
“São esperadas relevantes sinergias operacionais, logísticas, de gestão e comerciais, com espaço para evolução de mix de produtos e expansão da base de clientes”, afirmou a CSN em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Os analistas do Credit Suisse Caio Ribeiro e Gabriel Galvão afirmaram em relatório que uma nova fábrica de cimento custa cerca de US$ 250 a tonelada, o que colocaria o investimento necessário para uma usina do tamanho da Elizabeth em cerca de US$ 325 milhões, ou R$ 1,6 bilhão.
A CSN tinha R$ 18,2 bilhões em caixa no final do primeiro trimestre. A Moody’s afirmou que aquisição poderá ser “auto-financiada”, considerando a IPO (oferta pública inicial de ações) CSN Cimentos.
A CSN Cimentos deve precificar o IPO até o final do ano, afirmaram fontes à Reuters. JPMorgan Chase e Bradesco devem ser os assessores da operação.
Google (GOGL34)
O Google vai reprimir fraudes financeiras em sua plataforma no Reino Unido, afirmando ontem (30) que todos os serviços financeiros precisarão ser verificados pelo regulador antes de poderem anunciar.
O órgão financeiro britânico emitiu 1.200 advertências ao consumidor no ano passado sobre golpes anunciados por meio de plataformas de mídia social por empresas falsas, o dobro do número em 2019.
O Google, que faz parte da gigante de tecnologia americana Alphabet, disse em um blog que vai começar a aplicar a nova política, que segue os apelos da FCA (Autoridade de Conduta Financeira, na sigla em inglês) para vetar promoções pagas, a partir de 6 de setembro.
BRF (BRFS3)
A empresa de alimentos BRF anunciou ontem (30) o compromisso de zerar suas emissões líquidas de carbono até 2040, com a processadora de frango e carne suína se juntando a rivais como a JBS, que divulgaram recentemente o mesmo objetivo de sustentabilidade.
O anúncio foi feito durante um evento sobre ESG realizado por gerentes da empresa, incluindo o presidente-executivo Lorival Luz.
JBS (JBSS3)
A JBS, segunda maior empresa de alimentos do mundo, anunciou ontem (30) que antecipou de 2030 para 2025 sua meta de desmatamento ilegal zero para a cadeia de fornecimento de bovinos, incluindo os fornecedores terceiros, nos biomas Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Caatinga, mesmo prazo já estabelecido para a Amazônia.
Segundo a companhia, a antecipação se deve ao avanço da Plataforma Pecuária Transparente, que estende o monitoramento aos “fornecedores dos fornecedores de gado”, com uso de tecnologia blockchain.
“Fomos surpreendidos positivamente”, disse à Reuters o diretor de Sustentabilidade da JBS, Márcio Nappo, sobre a adesão da plataforma de monitoramento entre os pecuaristas.
Ele afirmou que a adesão foi positiva tanto na Amazônia quanto nos demais biomas, permitindo avançar no monitoramento das fazendas, inclusive de fornecedores terceiros, em uma velocidade mais rápida do que se esperava inicialmente.
“Estamos em um momento maduro da cadeia de valor, de fornecimento… O pecuarista entendeu que ele precisa respeitar a regularização ambiental e fazer negócio com um mercado mais amplo”, afirmou ele.
Nappo ressaltou que não vê a sustentabilidade como um diferencial de competitividade, “mas claro que quem não atender essa agenda ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) vai ter cada vez mais dificuldade de colocar seu produto no mercado”.
Ele também disse que, até 2025, a companhia deve se empenhar em auxiliar os pecuaristas na resolução de passivos ambientais, por meio da assistência técnica prestada pelos “Escritórios Verdes”.
Fleury (FLRY3)
O grupo de medicina diagnóstica Fleury informou nesta ontem (30) que retomou os principais serviços a clientes depois de ter informado o mercado há uma semana que sofreu um ataque hacker contra seus sistemas de computadores.
A companhia afirmou que reestabeleceu nesta quarta-feira serviço de consulta de resultados de exames pela internet, “completando o conjunto de principais serviços utilizados por nossos clientes”.
“Também se encontra em andamento um trabalho forense para a devida apuração e compreensão desta ocorrência”, afirmou a companhia em comunicado ao mercado.
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Eztec (EZTC3)
A Eztec anunciou ontem (30) um lançamento imobiliário residencial de alto padrão com VGV (valor geral de vendas) de R$ 675,1 milhões na cidade de São Paulo.
O empreendimento, chamado de EZ Infinity, é formado por duas torres com 88 apartamentos com áreas entre 276 a 554 metros quadrados e é vizinho ao parque Ibirapuera.
BR Distribuidora (BRDT3)
A Petrobras levantou R$ 11,36 bilhões com a venda de sua participação na BR Distribuidora, disse uma fonte com conhecimento do assunto.
A oferta secundária de ações foi precificada a R$ 26 por papel da distribuidora, com um desconto de 2,5% em relação ao valor de fechamento de ontem (30).
Magazine Luiza (MGLU3)
A Magazine Luiza destinou R$ 100 milhões para o pagamento de JCP (juros sobre capital próprio), o que corresponde ao valor bruto de R$ 0,0154 por ação. O pagamento será efetuado até 30, mas o valor poderá variar de acordo com a quantidade de ações que a companhia tem em tesouraria.
Intercement Brasil (ICBR3)
Começa hoje (1º) o período de reserva de ações da Intercement Brasil. O intervalo indicativo de preço por ação entre R$ 18,20 e R$ 25,50. Considerando a oferta-base de 149,4 milhões, a companhia poderá levantar R$ 3,3 bilhões. O valor do ativo será definido em 14 de julho e a estreia está prevista em 16 de julho.
CCR (CCRO3)
A CCR comunicou que sua controlada, Concessionária das Linhas 8 e 9 do Sistema de Trens Metropolitanos de São Paulo, e o Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria dos Transportes Metropolitano, firmaram o contrato de concessão, cujo objeto consiste na concessão onerosa da prestação do serviço público de transporte de passageiros das Linhas 8, mais conhecida como Diamante, e 9, famosa pelo nome Esmeralda. A concessão terá um prazo de 30 anos.
Qualicorp (QUAL3)
A Qualicorp aprovou o pagamento de JCP (juros sobre capital próprio) no valor bruto de R$ 17 milhões, sendo R$ 0,06223 por ação. Os acionistas serão remunerados em 28 de julho.
Hapvida (HAPV3)
A Hapvida definiu o valor de R$ 68 milhões para o pagamento de JCP, sendo R$ 0,01768 por ativo. O pagamento deste JCP está sujeito à incidência de 15% de imposto de renda na fonte. Os juros sobre capital próprio serão pagos até 30 de julho.
SLC Agrícola (SLCE3) e Santa Agro (TESA3)
A SLC Agrícola e a Terra Santa divulgaram que as condições para a combinação de ambos os negócios foram cumpridas. Com isso, haverá uma transição operacional, em que a SLC passará a ter o controle da gestão e diretrizes dos negócios da Terra Santa.
No entanto, até o momento, ainda não foi obtido o registro de companhia aberta da Terra Santa na categoria A de emissores e listagem no segmento do Novo Mercado da B3 e nem a implementação da efetiva consumação da redução de capital da Terra Santa.
Arezzo (ARZZ3)
A Arezzo divulgou seu relatório anual de sustentabilidade em 2020 e os principais destaques foi a receita bruta de R$ 2,02 bilhões, R$ 226,9 em Ebitda e R$ 87,3 milhões de lucro líquido, além da criação da plataforma digihital de moda ZZ Mall e a neutralização das emissões de C02 das operações de 2019 e 2020.
AES Brasil (A1ES34)
A AES Brasil comunicou que foi foi realizado um
leilão de venda de ações ordinárias da companhia, por meio o qual foram alienadas 18 mil ativos. A AES afimrou que as ações alienadas foram oriundas das
frações remanescentes da incorporação das ações de emissão da AES Tietê.
O resultado do leilão, no valor total de R$ 263 milhões, sendo equivalente a R$ 14,29 por ação, será disponibilizado aos antigos acionistas da AES Tietê.
BR Properties (BRPR3)
A BR Properties celebrou compromisso de venda e compra com o Fundo de investimentos imobiliários – VBI Prime Properties, tendo por objeto a alienação da fração ideal de 20% do imóvel denominado “Complexo JK – Bloco B” , localizado na cidade e estado de São Paulo.
A alienação de 20% da fração ideal do Imóvel equivale a uma área bruta locável de, aproximadamente, 6.126 m² e será comercializada pelo preço total de R$ 184 milhões, equivalente a R$ 30.150 por m² de ABL.
A conclusão da alienação e o pagamento será realizado após a superação de certas condições suspensivas conforme estabelecido no CVC. O CVC contempla ainda a possibilidade de alienação de percentual adicional de até 25% do imóvel, também sujeita à implementação de condições suspensivas.
Segundo a empresa, “essa alienação reforça o sucesso da estratégia desenhada pela Companhia nos últimos anos, visando, entre outros objetivos, reciclar parte de seu portfólio, rentabilizar o investimento de maneira atrativa, além de manter continuamente o processo de otimização de sua estrutura de capital.”
(Com Reuters)
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