O Ibovespa fechou hoje (27) em baixa de 1,10%, a 124.612 pontos, após um dia marcado pela aversão a risco no exterior, enquanto os investidores aguardam o desfecho da reunião do Federal Reserve, iniciada nesta terça-feira. O Banco Central dos Estados Unidos decidirá sobre a continuidade da sua atual política monetária, que inclui robustos incentivos para a recuperação econômica do país como forma de conter os danos causados pela pandemia.
“O mercado busca qualquer sinal de possível antecipação para o corte de estímulos [nos EUA]”, diz José Falcão Castro, especialista em renda variável da Easynvest by Nubank.
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Pesa ainda no cenário doméstico a expectativa sobre a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), programada para a primeira semana de agosto. Analistas ouvidos pela Forbes acreditam em elevação de 1 ponto-percentual na taxa Selic, atualmente a 4,25%. O banco Barclays projeta a taxa de juros a 7,5% no segundo trimestre de 2022.
Wall Street também encerrou o dia no vermelho. O aumento de casos da variante Delta da Covid-19 levou as autoridades norte-americanas a considerar uma nova recomendação de uso de máscaras em espaços fechados, afetando papéis de diversos setores – a orientação acabou sendo expedida após o fechamento do mercado. O aperto regulatório de Pequim sobre empresas chinesas de tecnologia listadas no exterior puxou para baixo o índice Nasdaq, que registrou queda de 1,21%, a 14.660 pontos. O Dow Jones caiu 0,24%, a 35.058 pontos, e o S&P 500 recuou 0,47%, a 4.401 pontos.
O dólar fechou a terça-feira praticamente estável, com alta de 0,03%, a R$ 5,1755 na venda, depois de mais uma sessão de grande volatilidade, com operadores à espera da decisão do Fed.
O real teve um desempenho ligeiramente melhor nesta sessão do que várias de suas contrapartes emergentes. Para Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho, a perspectiva de um aumento mais forte de juros no Brasil na semana que vem está amparando a taxa de câmbio. “O diferencial de juros vai aumentar. Além disso, o Fed não deve mudar a política monetária. Essa combinação deve fazer com que o real recupere força frente ao dólar”, diz.
Os preços do petróleo ficaram praticamente estáveis nesta terça-feira, com investidores preocupados com a demanda mundial sendo prejudicada pelo aumento dos casos de Covid-19, apesar da oferta apertada da commodity e das taxas de vacinação aumentando ao redor do mundo. Os contratos futuros do Brent recuaram US$ 0,02 dólar, fechando em US$ 74,48 o barril – é a primeira queda de preços da commodity em seis dias.
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