O Ibovespa terminou mais uma sessão com desempenho negativo, em dia marcado pela aversão a riscos nos mercados globais, instabilidade política em Brasília e receios sobre o impacto da variante Delta da Covid-19 na retomada da economia mundial. O índice brasileiro fechou a quinta-feira (8) com queda de 1,25%, a 125.427 pontos e, na semana, acumulou variação negativa de 1,7%. Este foi o último dia de pregão da semana, já que amanhã (9) é feriado no estado de São Paulo.
No cenário doméstico, os números do IPCA de junho divulgados hoje colaboraram para o movimento na sessão. A inflação oficial brasileira cresceu 0,53% no período, contra 0,83% em maio, informou o IBGE. A alta dos preços da energia elétrica e de combustíveis pesaram no indicador, levando-o aos níveis mais altos em junho nos últimos três anos. O resultado do acumulado em 12 meses, de 8,35%, foi o maior dos últimos cinco anos. Analistas apontam que o resultado reforça a leitura de que a Selic terá reajuste de 1 ponto-percentual e que a taxa poderá chegar a 7% ainda em 2021.
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Os números sobre a participação dos investidores estrangeiros no segmento Bovespa corroboram para o movimento negativo na Bolsa brasileira. Após três meses consecutivos em que as entradas superaram as saídas, os primeiros pregões de julho mostram saldo negativo de R$ 1 bilhão, segundo dados da B3.
Já o dólar teve forte alta na sessão, forçando o Banco Central a ofertar swaps cambiais pela primeira vez desde março. A moeda chegou a ser negociada por R$ 5,31 durante a sessão, mas fechou o dia a R$ 5,2538 na venda e com avanço de 0,28%. Em oito pregões seguidos de crescimento, o dólar acumulou valorização de 6,62%.
Wall Street também encerrou a quinta-feira em baixa. O movimento de venda foi visto em todos os setores do mercado – os 11 segmentos do S&P 500 registraram queda. Empresas de tecnologia, construção civil e serviços financeiros estão entre as mais atingidas, com Twitter e Morgan Stanley perdendo mais de 2,5% hoje.
No fechamento, o Dow Jones teve queda de 0,75%, a 34.421 pontos. O S&P 500 recuou 0,86%, a 4.320 pontos, e o Nasdaq caiu 0,72%, a 14.559 pontos. Os investidores norte-americanos expressam preocupação com o ritmo de recuperação da economia do país, que pode ser afetada por gargalos nas cadeias de suprimentos e falta de mão de obra.
O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou inesperadamente na semana passada, uma indicação de que a recuperação do mercado de trabalho após a pandemia de Covid-19 continua instável. A semana encerrada em 3 julho registrou 373 mil solicitações, 2 mil a mais que a anterior, informou o Departamento do Trabalho hoje. Economistas consultados pela Reuters previam 350 mil novos pedidos para a última semana. (Com Reuters)
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