A oferta rejeitada na última semana incluía pagamento de R$ 989 milhões aos acionistas da Tegma, além de 49,4 milhões de novas ações da JSL
A JSL afirmou hoje (19) que continuará executando sua agenda de aquisições, parte delas já em processo de negociação, após negativa da rival Tegma para a proposta de combinação de negócios das empresas de logística.
Na última sexta-feira (16), a Tegma comunicou que seu conselho de administração decidiu por unanimidade rejeitar a oferta da JSL, que incluía pagamento de R$ 989 milhões aos acionistas da Tegma, além de 49,4 milhões de novas ações da JSL.
Às 10:25, as ações da JSL (JSLG3) recuavam 5,12%, a R$ 11,85, enquanto os papéis da Tegma (TGMA3) perdiam 5,02%, a R$ 25,19.
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A JSL informou em fato relevante nesta segunda-feira que no prazo de 15 dias não foi convidada a se reunir com a Tegma e seus assessores para apresentar, em detalhes, os méritos da operação e potenciais sinergias. A empresa também acrescentou que não houve oportunidade para demonstrar o preço justo das ações da JSL que seriam dadas como parte relevante do pagamento.
Em virtude do caráter definitivo da proposta, a JSL afirmou que seguirá executando seu planejamento estratégico, seja de maneira orgânica ou através de aquisições. A companhia disse que mantém negociações com outros alvos de aquisição e que tem buscado respeitar “disciplina no emprego de seu capital, com foco na melhoria dos retornos”.
Na visão do analista da Guide Investimentos Luis Sales, a notícia é marginalmente negativa, mas o ‘não’ da Tegma era a decisão mais provável, dada a oferta feita pela JSL. “O prêmio que seria pago não foi considerado suficientemente atraente, representando 4% do valor dos papéis da Tegma na época, o que levará a JSL a buscar empresas menores no pulverizado setor, para continuar com a sua estratégia de crescimento inorgânico.”
Sales acrescentou que, apesar de possíveis sinergias com o acordo, a Tegma está bem posicionada, sendo líder em logística de veículos pesados novos para praticamente todas as montadoras instaladas no país e principais importadoras. (com Reuters)
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