Após fechar o ano fiscal chinês com faturamento de US$ 2 bilhões, a Nidec Global Appliance espera crescer de 10% a 15% este ano. Desde 2019, quando a empresa adquiriu a Embraco, foram investidos mais de R$ 200 milhões em três fábricas catarinenses (duas em Joinville e uma em Itaiópolis). A Nidec Global Appliance tem 14 plantas em nove países e capacidade de produzir 70 milhões de motores e compressores por ano. Os carros-chefes da produção são compressores e motores para aplicações domésticas e comerciais, além de motores e componentes para sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado. A empresa faz parte da Nidec Corporation, com sede em Kyoto (Japão), que tem 330 subsidiárias e emprega 120 mil pessoas no mundo, com vendas anuais de mais de US$ 14 bilhões. Há sete anos como CEO e presidente da Nidec Global Appliance, Valter Taranzano, de 64 anos, italiano de Turim, respondeu à Forbes.
Forbes: Quais são os destaques da sua carreira até assumir a Nidec Global Appliance?
Valter Taranzano: Sou formado pela Universidade Politécnica de Turim, como engenheiro eletrônico, tendo sido pioneiro à época em especialização em robótica. Comecei minha carreira na SKF. Depois, em 1989, entrei na Electrolux. Na sequência, me tornei CEO da Ceset Itália e da Emerson Slovakia. Em 2013, comecei minha trajetória na Nidec Corporation, onde comecei como CEO da Nidec Sole Motor, sendo promovido para a atual posição em 2014.
F: Quais são os principais desafios da Nidec Global Appliance no momento em que completa 50 anos?
VT: Em março, a Nidec Global Appliance comemorou dois marcos históricos: os 50 anos da fábrica de compressores em Joinville e o 50º aniversário da Embraco, referência mundial em tecnologia de refrigeração, que se tornou uma marca de produto, após a aquisição pela Nidec. Sobre os desafios, há um com o qual nós e todo o mundo estamos lidando há mais de um ano: a pandemia. Os produtos Nidec são ainda mais essenciais neste momento de crise global de saúde. Eles são fundamentais para assegurar padrões de higiene e conforto, por meio de lava-roupas, secadoras, sistemas de ar-condicionado e aquecimento. Em curto prazo, nosso desafio continua a ser entregar o melhor e fazer com que o negócio cresça, apesar do contexto instável. Até agora temos conseguido lidar com isso graças à competência da equipe aliada à nossa tradição global e à diversificada cadeia de abastecimento.
F: Qual será o destino da produção da planta de Joinville que, com a segunda linha de produção prevista para o segundo semestre, alcançará 20 milhões de compressores ao ano?
VT: Será vendida em todos os continentes. Especialmente no Brasil e na América Latina.
Reportagem publicada na edição 86, lançada em abril de 2021
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