O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou inesperadamente na semana passada, mas isso não deve sugerir uma mudança material nas condições do mercado de trabalho, já que se espera outro mês de forte crescimento do emprego em julho.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 51 mil, para um número com ajuste sazonal de 419 mil na semana encerrada em 17 de julho, informou o Departamento do Trabalho hoje (22). Economistas consultados pela Reuters previam 350 mil novos pedidos para a última semana.
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O aumento nos novos pedidos provavelmente reflete as dificuldades em suavizar os dados para flutuações sazonais após a pandemia de Covid-19. Em anos normais, espera-se que as dispensas diminuam na segunda quinzena de julho. Antes da pandemia, o fechamento de fábricas no verão do hemisfério norte era a norma no início de julho, especialmente na indústria automobilística.
“Os fatores de ajuste sazonal tentam compensar isso”, disse Lou Crandall, economista-chefe da Wrightson ICAP. “Mas não está claro se a dinâmica sazonal seguirá o padrão normal.”
Os pedidos caíram de um recorde de 6,149 milhões no início de abril de 2020, mas permanecem acima da faixa de 200 mil a 250 mil que é vista como consistente com condições saudáveis do mercado de trabalho.
Embora a variante Delta do coronavírus esteja causando um aumento nas infecções, principalmente entre os norte-americanos que não foram vacinados, economistas não esperam o fechamento de empresas em larga escala.
Ainda assim, a última onda de infecções representa um risco à economia, que passou por uma forte recessão de dois meses em 2020 devido à pandemia. O Comitê de Datação de Ciclos de Negócios dos Estados Unidos informou esta semana que a recessão deflagrada pelo coronavírus durou apenas dois meses e terminou após a economia atingir o fundo do poço em abril de 2020.
“Podemos conviver com os níveis atuais de infecção em todo o país”, disse Brad McMillan, diretor de investimentos da Commonwealth Financial Network. “As infecções, desta vez, não devem levar a mudanças de política (monetária) economicamente prejudiciais.” (com Reuters)
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