A SEC (Securities and Exchange Commission) interrompeu o processamento de registros de IPOs (ofertas públicas iniciais) nos Estados Unidos e outras vendas de títulos por empresas chinesas enquanto elabora novas orientações para divulgar a investidores o risco de uma nova repressão regulatória por Pequim, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
As listagens de empresas chinesas nos EUA alcançaram um recorde de US$ 12,8 bilhões até agora neste ano, de acordo com dados da Refinitiv.
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Porém, o fluxo de negócios desacelerou substancialmente este mês depois que os reguladores chineses proibiram a empresa chinesa de transporte por aplicativo Didi Global de registrar novos usuários poucos dias depois de seu IPO. Pequim seguiu com repressões a empresas de tecnologia e educação privada.
A comissário da SEC, Allison Lee, disse na terça-feira (27) que as empresas chinesas listadas nas bolsas de valores dos EUA devem divulgar aos investidores os riscos do governo chinês interferir em seus negócios como parte de suas obrigações de relatórios regulares.
A SEC, que regula o mercado de capitais norte-americano, pediu às empresas que não enviassem nenhum registro para a emissão de títulos até que fornecesse orientação específica sobre como divulgar os riscos que enfrentam na China, disseram as fontes. Não ficou claro quanto tempo isso vai levar.
Um porta-voz da SEC não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Cerca de 418 empresas chinesas estão listadas nas bolsas dos EUA, de acordo com a Refinitiv. O índice S&P/BNY Mellon China Select ADR, que rastreia os recibos de depósitos de ações de americanos das principais empresas chinesas listadas, perdeu 22% de seu valor no acumulado do ano, em comparação com um aumento de 18% no índice S&P 500.
Nenhuma grande oferta pública inicial de uma empresa chinesa está em andamento após a Didi. (Com Reuters)
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