A XP melhorou suas projeções para o crescimento econômico do Brasil neste ano a 5,5% e em 2022 a 2,3% diante da perspectiva de aceleração dos serviços e da vacinação, mas também passou a ver a inflação mais alta em 2021.
Anteriormente, a XP projetava crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 5,2% em 2021 e 2,0% em 2022. “Os números favoráveis da atividade doméstica no último trimestre podem ser explicados, em grande medida, pela reabertura da economia em meio a avanços significativos na campanha de vacinação contra a Covid-19”, informou em nota a equipe, comandada pelo economista-chefe Caio Megale.
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“Além disso, o retorno dos pagamentos de auxílio emergencial às famílias mais vulneráveis, a antecipação de alguns benefícios previdenciários e a nova edição do BEm também contribuíram de forma importante para a sustentação da demanda interna”, completou.
A nota, entretanto, chamou a atenção para as incertezas políticas, diante do avanço das investigações da CPI da Covid-19 no Senado e a proximidade da eleição do ano que vem.
A XP calcula ainda que o PIB cresceu 0,2% no segundo trimestre deste ano sobre os três meses anteriores, após ajuste sazonal, classificando as perspectivas para o segundo semestre como “promissoras”. Esse resultado será seguido de altas de 1,0% no terceiro trimestre e de 0,7% no quarto, na mesma base de comparação.
“A forte retomada dos índices de confiança de empresários e consumidores sinaliza aceleração no ritmo de crescimento da atividade local no terceiro trimestre”, apontou a nota, que prevê maior tração dos serviços atrelados às famílias diante do avanço da imunização contra a Covid-19.
Inflação
Com a retomada mais forte dos serviços, a expectativa para a inflação subiu a 6,6% este ano, de 6,4% antes, bem acima do teto da meta oficial – 3,75% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
A inflação de serviços passou a ser estimada em 3,6%, de 3,0% antes. Para 2022, foi mantida a projeção de IPCA em 3,6%.
A XP cita ainda os efeitos do reajuste na taxa da bandeira tarifária de energia elétrica vermelha 2, parcialmente compensada pelo reajuste negativo de 8,19 da Agência Nacional de Saúde Suplementar para os planos de saúde individuais e familiares para 2021/2022.
A corretora ainda calcula ainda que a taxa de desemprego terminará 2021 em 13,0% e 2022 em 11,5%. Sobre o câmbio, a corretora avalia que não houve mudança nos fundamentos de médio prazo apesar da volatilidade, mantendo a projeção de dólar a R$ 4,90 no final deste ano e de R$ 4,90 em 2022.
Em relação à política monetária, a projeção é de duas elevações da taxa básica de juros Selic de 1 ponto percentual em agosto e setembro, seguida de uma alta final de 0,5 ponto em outubro. Atualmente a Selic está em 4,25%. “Acelerando o ritmo, nossos modelos sugerem que o Copom obtém a convergência da inflação com a Selic parando em 6,75%, ao redor do seu valor considerado neutro”, afirmou. (com Reuters)
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