O Ibovespa opera em alta no início do pregão de hoje (13), com avanço de 0,36%, a 121.140 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. A temporada de balanços e a prévia positiva do PIB contrastam com os ruídos políticos vindos de Brasília. Nos mercados globais, os investidores seguem acompanhando as perspectivas de mudanças na política monetária dos Estados Unidos e a disseminação da Covid-19.
No radar corporativo, a Embraer teve lucro líquido de R$ 212,8 milhões, revertendo prejuízo de R$ 1 bilhão; a Raízen registrou lucro de R$ 800,5 milhões, após prejuízo de R$ 332,8 em 2020; e a Arezzo declarou lucro líquido atribuível aos controladores de R$ 132,5 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 82,3 milhões. Também apresentaram destaques positivos, os balanços da Magazine Luiza, Azul e CPFL Energia.
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O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto), registrou alta de 1,14% em junho em relação ao mês anterior, segundo dado dessazonalizado divulgado hoje pelo BC. O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,40%, e terminou o segundo trimestre com crescimento de 0,12% sobre os três meses anteriores. Na comparação anual, o indicador registrou alta de 9,07% e, no acumulado em 12 meses, teve avanço de 2,33%.
Em Brasília, a votação da proposta de reforma tributária foi adiada mais uma vez, agora para a próxima terça-feira (17). Celso Sabino (PSDB-PA), relator do texto, também fez novas modificações no projeto, reduzindo ainda mais a alíquota do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica), de 25% a 16,5%, na quarta mudança realizada no projeto.
Júlia Aquino, especialista em investimentos da Rico, explica que o mercado teme que, “diante das pressões vindas de diversos setores da economia, a reforma acabe sendo expansionista demais e afete a percepção de sustentabilidade das contas públicas.”
O dólar recua frente ao real, com os investidores avaliando as perspectivas de redução de estímulos pelo Federal Reserve, em meio ao ciclo de elevação de juros no Brasil. Às 10h10, o dólar caía 0,36%, a R$ 5,2375.
Os futuros dos principais índices de ações norte-americanos operam em alta nesta manhã, com investidores digerindo a inflação e o emprego no país. Esses dados são importantes sinalizadores para o futuro da política monetária do Fed.
Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, conta que os principais ativos de risco globais continuam com uma dinâmica positiva, “o principal pano de fundo é a expectativa de um crescimento ainda saudável, e de um processo de normalização monetária nos EUA de maneira gradual, sem nenhum choque relevante neste cenário”.
As ações europeias operam em alta nesta sexta-feira, com resultados operacionais positivos na divulgação de balanços na região. Enquanto isso, os investidores seguem atentos aos indicadores econômicos globais e aos casos crescentes da Covid-19. Segundo a Eurostat, a Zona do Euro registrou, em junho, um superávit de € 18,1 bilhões, contra saldo positivo de € 7,5 bilhões em maio.
O índice Stoxx 600 sobe 0,16%; na Alemanha, o DAX avança 0,34%; enquanto o CAC 40 valoriza 0,29% na França; na Itália, o FTSE MIB cresce 0,40%; e o FTSE 100 opera em alta de 0,37%, no Reino Unido.
Na Ásia, as Bolsas fecharam majoritariamente em baixa, com o aumento das preocupações com a Covid-19 limitando o funcionamento dos estabelecimentos e prejudicando o funcionamento de cadeias globais de logística. O índice Nikkei recuou 0,14%, no Japão; o Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,48%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em alta de 1,08%; e o índice Shanghai, da China, perdeu 0,24%.
Os contratos futuros do minério de ferro negociados na China fecharam em queda nesta sexta-feira, engatando a segunda semana consecutiva de perdas, diante da fraca demanda pela matéria-prima siderúrgica devido aos controles de produção de aço impostos pelo governo local. O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian fechou em queda de 0,9%, a 842 iuanes por tonelada. Na semana, os futuros do minério acumularam queda de 8,2%.
Os preços do petróleo recuam nesta sexta-feira, depois que a AIE (Agência Internacional de Energia) alertou que o crescimento da demanda por petróleo e seus produtos desacelerou drasticamente, já que o aumento de casos de Covid-19 em todo o mundo forçou os governos a reativar as restrições ao movimento. Por volta das 9h50, os futuros do petróleo Brent caíam 0,27%, a US$ 71,12 o barril, enquanto os futuros do petróleo WTI recuavam 0,33%, a US$ 68,86 o barril. (com Reuters)
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