O Ibovespa opera em queda na abertura do pregão de hoje (25), perdendo 0,42%, a 119.704 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. No radar dos investidores domésticos estão os indicadores econômicos do dia, em especial a prévia da inflação, além do anúncio de um possível novo aumento da tarifa de energia. Os mercados globais, por sua vez, operam atentos aos próximos passos do Federal Reserve, que realiza um simpósio amanhã (26).
O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) da FGV (Fundação Getulio Vargas) recuou 0,4 ponto em agosto, para 81,8 pontos, patamar considerado baixo em termos históricos. Essa foi a primeira queda desde março, quando o indicador teve leitura de 68,2. A Fundação indicou o desemprego, a inflação e temores sobre a disseminação da variante Delta do coronavírus como fatores que elevam as dúvidas entre várias faixas de renda.
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,89% em agosto, sobre alta de 0,72% no mês anterior, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,82% para o período.
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Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimento, avalia que a inflação tende a continuar subindo até o fim de 2021, em especial após os novos reajustes de bandeiras tarifárias para a energia elétrica no país, anunciados nesta semana.
O Brasil registrou déficit em transações correntes de US$ 1,584 bilhão em julho, com o déficit acumulado em 12 meses passando a 1,30% do PIB, divulgou o Banco Central nesta quarta-feira. A expectativa do mercado era de déficit bem mais modesto, de US$ 650 milhões. Para agosto, o BC previu superávit em transações correntes de US$ 1,1 bilhão.
Em Brasília, a crise hídrica volta aos holofotes após o Ministério de Minas e Energia afirmar que houve uma piora no cenário e anunciar novas medidas para garantir o fornecimento de energia. Segundo cálculos do governo, há uma necessidade de aumento na tarifa de luz para algo entre R$ 15 a R$ 20, frente os atuais R$ 9,40 a cada 100 kWh (quilowatts hora).
A PEC dos Precatórios segue sendo debatida entre a equipe econômica do governo e o Legislativo. Segundo o Valor, o governo estuda tirar o Fundo de Liquidação de Passivos da União do texto, mas resiste em retirar o pagamento dos precatórios, pelo menos em parte, do teto de gastos. Enquanto isso, a quarta votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados não foi confirmada para esta semana, sendo adiada mais uma vez pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
O dólar recua frente ao real nesta quarta-feira, enquanto os investidores seguem monitorando o noticiário fiscal doméstico e os próximos passos do Federal Reserve. Às 10h10, a divisa norte-americana caía 0,40%, a R$ 5,2408 na venda.
Nos Estados Unidos, os futuros dos índices apontam para abertura no azul, enquanto os investidores operam em compasso de espera pelo simpósio do Fed (banco central norte-americano) em Jackson Hole, que ocorre amanhã (26), no qual os legisladores podem detalhar seus planos para reduzir o programa de compra de títulos de US$ 120 bilhões por mês do banco central.
Na sexta-feira (27), o presidente do Fed, Jerome Powell, fará um discurso para divulgar as principais decisões da reunião.
As bolsas europeias operam com volatilidade, acompanhando o sentimento global enquanto os investidores aguardam o encontro do Fed de amanhã. O Stoxx 600 sobe a 0,09%; o CAC 40 valoriza 0,27% na França; na Itália, o FTSE MIB tem crescimento de 0,04%; enquanto o FTSE 100 cresce 0,27% no Reino Unido.
Na Alemanha, o DAX recua 0,06%, após o instituto Ifo afirmar que o sentimento empresarial no país caiu pelo segundo mês consecutivo em agosto. O índice de clima empresarial alemão ficou em 99,4, abaixo da expectativa de analistas consultados pela Reuters de leitura de 100,4 e abaixo do resultado revisado para baixo de julho, de 100,7.
Os mercados asiáticos fecharam mistos. O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,13%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em baixa de 0,03%; na China continental, o índice Shanghai subiu 0,74%; enquanto no Japão o índice Nikkei recuou também 0,03%.
Os contratos futuros do minério de ferro negociados em Dalian avançaram em uma sessão volátil nesta quarta-feira, enquanto a referência da commodity em Singapura recuou das máximas, em movimentos que ressaltam o frágil entusiasmo do mercado à medida que melhores perspectivas de oferta ameaçam pressionar cotações.
O contrato do minério de ferro para janeiro de 2022 na bolsa de commodities de Dalian fechou em alta de 1,9%, a 802,50 iuanes (US$ 123,90) por tonelada. Já o contrato setembro da matéria-prima siderúrgica na bolsa de Singapura recuava 0,4%, a US$ 137,45 por tonelada, após ter registrado salto de 9,1% na sessão anterior.
Os preços do petróleo operam em alta nesta quarta-feira, com sinais de que a China, o maior importador do mundo, controlou um recente surto de coronavírus. Por volta das 9h55 da manhã, os futuros do petróleo Brent subiam 0,84%, para US$ 71,00 o barril, enquanto o WTI avançava a US$ 68,11 o barril, alta de 0,84%. (com Reuters)
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