O Ibovespa abre o pregão de hoje (30) em queda, com recuo de 0,28%, a 120.338 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. O índice repercute indicadores econômicos domésticos, em especial a inflação medida pelo IGP-M. No contexto internacional, os investidores ainda acompanham os passos do Federal Reserve acerca da política monetária dos EUA, bem como as pressões regulatórias de Pequim sobre as empresas de tecnologia.
Entre os números do dia, os preços das matérias-primas brutas arrefeceram e o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) desacelerou em agosto, subindo 0,66% no mês, ante 0,78% em julho, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas). A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,91% e, com o resultado de agosto, o índice passa a acumular alta de 31,12% em 12 meses.
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Além disso, a FGV informou que o ICS (Índice de Confiança de Serviços) subiu 1,3 ponto e chegou a 99,3 pontos, maior patamar desde setembro de 2013 (101,5 pontos). Essa foi a quinta alta mensal seguida, com o indicador consolidando-se acima do nível pré-pandemia. A pesquisa creditou o resultado à melhora no volume de trabalho, conforme a economia reabre.
No relatório Focus, os economistas ouvidos pelo Banco Central elevaram as projeções para a inflação e para o dólar neste ano, e ao mesmo tempo, passaram a ver um menor crescimento econômico. O levantamento semanal elevou a perspectiva de inflação para 7,27%, ante 7,11% na última medida. Para 2022, a alta do IPCA foi calculada em 3,95%, de 3,93%. A pesquisa ainda mostrou que o mercado segue calculando a taxa básica de juros Selic em 7,50% tanto em 2021 como em 2022.
A estimativa para o dólar ao fim deste ano subiu a R$ 5,15, de R$ 5,10 na semana anterior. Para 2022 a estimativa segue em R$ 5,20. No PIB (Produto Interno Bruto), a estimativa de crescimento em 2021 recuou em 0,05 ponto percentual, calculada agora em 5,22%, enquanto, para 2022, a expansão do PIB continua estimada em 2,00%.
Em Brasília, a semana conta com a continuação dos debates em torno da PEC dos Precatórios, enquanto o mercado ainda espera uma definição sobre a reforma tributária.
O dólar avança frente ao real nesta manhã. Às 10h10, a divisa norte-americana subia 0,36%, a R$ 5,2121.
As Bolsas nos Estados Unidos apontam para uma abertura em alta, enquanto investidores ainda digerem a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, da última sexta-feira (27). O discurso do presidente do Fed não trouxe detalhes sobre o início da retirada de estímulos da economia, informação que agora é esperada para a próxima reunião do banco central norte-americano, no dia 22 de setembro.
Até lá, as atenções se voltam para o relatório de emprego dos EUA, que será divulgado na próxima sexta-feira (3). Lucas Collazo, especialista em investimentos da Rico, explica que o payroll dos Estados Unidos de agosto “pode influenciar as decisões do Fed sobre o momento e o ritmo de redução dos estímulos monetários na maior economia do mundo”.
As Bolsas asiáticas fecharam o dia no azul. Apesar disso, os investidores da região aguardam novas regras de Pequim, que devem dificultar a abertura de capital nos EUA das empresas de tecnologia chinesas, segundo o Wall Street Journal. O Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 0,52%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em alta de 1,36%; e o Shanghai, na China, subiu 0,17%; no Japão, o índice Nikkei avançou 0,54%.
As ações europeias operam em leve alta nesta sessão, em dia de feriado do Reino Unido, que diminui a liquidez da região. O índice de sentimento econômico da Comissão Europeia, divulgado hoje (30), caiu a 117,5 em agosto de uma máxima recorde de 119,0 em julho. O otimismo piorou em todos os principais setores – na indústria a 13,7 de 14,5, em serviços para 16,8 de 18,9 e entre os consumidores para -5,3 de -4,4.
O Stoxx 600 cai 0,01%; enquanto o CAC 40 valoriza 0,18% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em alta de 0,01%; na Alemanha, por sua vez, o DAX avança 0,07%.
No mercado de commodities, os contratos futuros do aço negociados na China avançaram cerca de 4% nesta segunda-feira, apoiados por uma redução nos estoques dos metais industriais pela quarta semana consecutiva e por um aumento na demanda ‘downstream’. O contrato mais ativo do vergalhão de aço na bolsa de futuros de Xangai, para entrega em janeiro, fechou em alta de 4%, a 5.354 iuanes (US$ 827,68) por tonelada, já os futuros do minério de ferro abriram o dia em alta de 4,9%, mas devolveram a maior parte dos ganhos, fechando o dia em alta de 0,7%, a 835 iuanes por tonelada.
Enquanto isso, os preços do petróleo operam em alta nesta segunda-feira, com enfraquecimento do furacão Ida, que forçou fechamentos preventivos da produção de petróleo na última sexta-feira (27), enquanto as atenções se voltam para uma reunião da Opep na próxima quarta-feira (1°), que irá discutir um novo aumento na produção global. Às 9h45, o petróleo Brent caía 0,38%, a US$ 71,97 o barril, enquanto o WTI recuava 0,17%, a US$ 68,83 o barril. (com Reuters)
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