O Ibovespa fechou hoje (11) próximo à estabilidade, com leve queda de 0,12%, a 122.056 pontos. Entre ganhos e perdas da sessão, pesaram na Bolsa brasileira os temores fiscais ligados aos planos do governo federal de flexibilizar a regra de ouro do orçamento e a votação da segunda parte da reforma tributária, que deve ocorrer ainda nesta quarta.
O relator do projeto, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), apresentou nova versão do texto que prevê que a alíquota base do imposto de renda de pessoas jurídicas (IRPJ) caia de 15% para 6,5% em 2022, e para 5,5% em 2023. Ao mesmo tempo, ele reduziu a CSLL em um 1,5 ponto, de 9% a 7,5%. A alíquota de 20% para a tributação de dividendos foi mantida.
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A perspectiva da retomada econômica no Brasil e a alta dos juros fizeram as ações de bancos subirem, com Itaú (ITUB3 e ITUB4), Bradesco (BBDC4 e BBDC3) e Santander (SANB11) fechando no azul. Os papéis da Petrobras, por sua vez, se beneficiaram da alta dos preços do petróleo e do anúncio do reajuste de 3,5% do preço da gasolina nas refinarias.
“O Ibovespa segue em tendência de baixa e segue ainda próximo da região de suporte em 121.500 pontos”, afirma análise técnica do Itaú BBA, destacando que se o Ibovespa perder esse nível, abrirá caminho para seguir em direção a 119.400 e 117.600 pontos. “O momento de cautela no mercado continua”, segundo os especialistas do banco.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados hoje mostram que o setor varejista do Brasil encerrou o segundo trimestre com queda inesperada de 1,7% das vendas em junho – a mais forte do ano depois de dois meses de ganhos -, mas ainda assim segue acima 6,3% acima do registrado no mesmo período do ano passado.
Em Wall Street, o dia foi de máximas recordes, com apenas o Nasdaq fechando com leve queda de 0,16%, a 14.765 pontos. O Dow Jones subiu 0,62%, a 35.484 pontos; e o S&P 500 teve aumento de 0,25%, a 4.447 pontos, impulsionados por setores ligados ao crescimento econômico que seguem avançando na esteira da aprovação do pacote de infraestrutura pelo Senado dos EUA.
As bolsas norte-americanas também reagiram bem ao avanço de 0,5% da inflação em julho, crescimento que veio dentro do esperado pelo mercado e mostra desaceleração nos preços ao consumidor (em junho, o índice subiu 0,9%). O cenário “reduz a expectativa de aumento de juros pelo Federal Reserve e reforça o discurso de Jerome Powell de que a inflação pode ser passageira”, diz Rafael Ribeiro, da Clear Corretora.
O dólar fechou em alta de 0,48%, a R$ 5,2217 na venda, apesar dos dados de inflação nos Estados Unidos. Os ruídos políticos de Brasília prevaleceram, principalmente após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que o governo federal avalia proibir os estados de cobrar ICMS sobre a bandeira tarifária da conta de luz. (Com Reuters)
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