O Ibovespa opera com volatilidade na abertura do pregão de hoje (14), com avanço de 0,01%, a 116.415 pontos, às 10h12, horário de Brasília. Os mercados reagem à inflação dos Estados Unidos, que divulgou o índice de preços ao consumidor nesta manhã, enquanto investidores analisam o impacto do dado no posicionamento do Federal Reserve acerca da política monetária do país. No Brasil, o desempenho do setor de serviços, o debate da reforma tributária no Senado e a PEC dos Precatórios seguem no radar dos investidores.
Nos indicadores, o volume do setor de serviços do Brasil cresceu 1,1% em julho em relação a junho, e teve alta de 17,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira. O número veio em linha com a expectativa do mercado, que calculava alta de 1% na comparação mensal, e 18% na anual, segundo consenso da Refinitv.
Para Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, um dos destaques do índice foi o avanço no grupo dos serviços prestados às famílias, com alta de 3,8% mês a mês. “Por outro lado, de maneira análoga, os serviços de informação e comunicação, e os transportes recuaram -0,4% e -0,2%, respectivamente”, diz ele.
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Em Brasília, as pautas econômicas voltam ao radar político, enquanto a Reforma do IR (Imposto de Renda) tramita no Senado, e a PEC dos Precatórios está na agenda da Câmara desta semana.
Os índices futuros das Bolsas norte-americanas indicam abertura em alta, com o mercado digerindo os dados sobre a inflação. O Índice de preços ao consumidor subiu 0,3% em agosto ante o mês anterior, abaixo da expectativa de alta de 0,4% calculada pelo Refinitiv. Na comparação anual, o avanço foi de 5,3%, em linha com as projeções do mercado.
Pablo Spyer, economista-sócio da XP Investimentos, afirma que o impacto do resultado, por ele ter ficado dentro da expectativa dos investidores, foi neutro. Por outro lado, ele alerta: “Se a inflação vier mais forte, os investidores vão entender que existe uma nova pressão para fazer o Banco Central norte-americano diminuir os estímulos monetários de US$ 120 bilhões por mês”.
Júlia Aquino, especialista em investimentos da Rico, não espera que a reunião do Fomc (Comitê Federal do Mercado Aberto), na próxima semana, traga alguma mensagem relevante sobre o futuro da política monetária dos EUA. “A nossa expectativa é de que o plano de redução de estímulos seja divulgado só em novembro, e que o processo comece em dezembro.”
Os dados da inflação norte-americana impactam o câmbio nesta manhã, com o dólar cedendo terreno frente ao real. Às 10h12, a divisa caía 0,34%, a R$ 5,2061.
Os mercados europeus operam sem direção definida, com investidores também reagindo à inflação nos EUA enquanto seguem acompanhando com cautela a perspectiva de inflação no continente. O Stoxx 600 opera em alta de 0,20%; na Alemanha, o DAX sobe 0,31%; enquanto o CAC 40 desvaloriza 0,13% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em alta de 0,61%; enquanto o FTSE 100 recua 0,05% no Reino Unido.
Os mercados asiáticos fecharam com resultados mistos, à espera da inflação norte-americana. O Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,21%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou com alta de 0,12%; enquanto no Japão o índice Nikkei valorizou 0,73%; e, na China, o índice Shanghai recuou 1,42%.
Os contratos futuros do carvão metalúrgico e do coque chinês fecharam em queda nesta terça-feira devido a preocupações com mais controles governamentais para estabilizar os preços e garantir o abastecimento. Os contratos futuros de carvão metalúrgico mais ativos na Bolsa de Commodities de Dalian, para entrega em janeiro, fecharam o dia em queda de 5,4%, a 2.703 iuanes (US$ 419,25) por tonelada, enquanto os futuros do coque encerraram em queda de 5,3%, a 3.342 iuanes (US$ 518,36) por tonelada.
Os preços do petróleo operam em alta nesta manhã, diante de sinais de que outra tempestade poderia afetar a produção no Texas esta semana, mesmo com a indústria dos EUA lutando para retornar a produção após o furacão Ida ter causado estragos na costa do Golfo. Por volta das 9h50, o petróleo Brent subia 0,79%, a US$ 74,09 o barril, enquanto o WTI avançava 0,74%, a US$ 70,97 o barril. (com Reuters)
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