O Ibovespa opera em alta no início do pregão de hoje (10), com avanço de 1,33%, a 116.896 pontos, por volta das 10h10 no horário de Brasília. O mercado acompanha os dados sobre as vendas no varejo no Brasil, enquanto segue atento à crise político-institucional brasileira. No contexto internacional, os mercados globais têm clima otimista, com perspectiva de acordo entre Pequim e Washington, inflação em linha com estimativas nos Estados Unidos e trégua nas pressões regulatórias chinesas.
Nos indicadores, as vendas no varejo brasileiro subiram 1,2% em julho na comparação com o mês anterior e tiveram alta de 5,7% sobre um ano antes, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira. Os números superaram as expectativas identificadas em pesquisa da Reuters, de ganhos de 0,7% na comparação mensal e 3,45% em relação a igual período de 2020.
Em Brasília, a moderação do discurso do presidente Jair Bolsonaro, feito por meio de nota ontem, e que provocou uma alta do Ibovespa no fechamento, deve ser foco de atenção dos mercados hoje.
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Rachel de Sá, chefe de economia da Rico, afirma que o recuo do presidente em relação às falas feitas no Sete de Setembro reduziu a pressão sobre a percepção de risco vista nos juros futuros e no dólar. “A perda de força da movimentação dos caminhoneiros ao redor do país também ajudou o clima de alívio, após movimentações do Planalto para apaziguar os ânimos.”
O dólar opera em leve queda frente ao real nesta sexta-feira. Às 10h10, a moeda era negociada em leve baixa de 0,04%, a R$ 5,2210.
Os índices futuros dos EUA caminham para uma abertura em alta, após os dados da inflação ao produtor. O IPP (Índice de Preços ao Produtor) registrou alta de 0,7% em agosto, um pouco acima do 0,6% esperado pelo mercado. O resultado reforça o movimento de desaceleração após o aumento de 1,0% registrado em julho.
Pablo Spyer diz que foi positiva a conversa telefônica entre o presidente Joe Biden e o presidente chinês Xi Jiping, que não se falavam há sete meses. “Ambos os lados gostaram e a relação sino-americana deve voltar aos trilhos.”
As Bolsas europeias operam majoritariamente no azul, acompanhando um sentimento positivo do mercado global. Os investidores europeus também digerem a decisão do BCE (Banco Central Europeu) na véspera, de desacelerar a compra de títulos de acordo com seu programa de compra de emergência pandêmica (PEPP).
O Stoxx 600 sobe 0,23%; na Alemanha, o DAX avança 0,34%; o CAC 40 valoriza 0,21% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em baixa de 0,05%; enquanto no Reino Unido, o FTSE 100 avança 0,38%.
Os mercados asiáticos fecharam a semana em alta, após uma trégua dos reguladores chineses com a indústria de videogames. Pequim corrigiu o relatório no qual afirmou que suspenderia as aprovações para novos jogos online. Agora os reguladores vão apenas desacelerar o processo de aprovação.
O Hang Seng, de Hong Kong, subiu 1,91%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em alta de 0,09%; e no Japão, o índice Nikkei valorizou 1,25%; e na China, o índice Shanghai, avançou 0,27%.
Os contratos futuros de minério de ferro na maior produtora de aço, a China, caíram nesta sexta-feira com o preço referencial de Dalian oscilando perto de menor nível em sete meses devido ao temor de mais restrições à atividade siderúrgica. O minério de ferro mais negociado de janeiro na Bolsa de Commodity de Dalian encerrou as negociações do dia com queda de 0,3%, a 732,50 iuanes (US$ 113,66) a tonelada, enquanto o contrato de outubro do ingrediente siderúrgico na Bolsa de Singapura caía cerca de 1%.
Os preços do petróleo operam em alta, apoiado pelos crescentes sinais de aperto na oferta nos Estados Unidos como resultado do furacão Ida e com as esperanças de comércio entre os EUA e a China impulsionando ativos mais arriscados. Por volta das 9h50, os futuros do petróleo Brent subiam 1,76%, a US$ 72,71 por barril, enquanto os futuros do WTI avançavam 1,83%, a US$ 69,39 o barril. (com Reuters)
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