O Ibovespa opera em queda no início do pregão de hoje (15), e recua 0,43%, a 115.686 pontos perto das 10h11, horário de Brasília. No radar dos investidores estão os dados econômicos da China e temores acerca da desaceleração do crescimento da segunda economia do mundo e seus impactos no mercado global. Por aqui, a prévia do PIB do Banco Central está no centro do debate, enquanto temores fiscais domésticos seguem no radar.
Nos indicadores, o IBC-Br (O Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerada uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), teve alta de 0,60% em julho na comparação com o mês anterior, de acordo com dado dessazonalizado divulgado pelo BC nesta quarta-feira. A leitura ficou acima da expectativa em pesquisa da agência Reuters de avanço de 0,40%. Em relação a julho de 2020, o IBC-Br registrou crescimento de 5,53% e, no acumulado em 12 meses, teve ganho de 3,26%, segundo números observados.
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Camila Abdelmalack, economista chefe da Veedha Investimentos, comenta que embora o dado tenha vindo positivo, os investidores estão de olho nas revisões para baixo do PIB de 2022, “se tinha uma perspectiva de crescimento ao redor de 2% para o próximo ano, ela deve estar caminhando até para baixo de 1%”.
Além disso, continua repercutindo a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que a autarquia fará o que for preciso para levar a inflação para a meta em meio ao avanço de preços na economia brasileira. Mas ele frisou que isso não significa que o BC reagirá sempre a novos dados econômicos.
No início da sessão de hoje, o dólar recua frente ao real após a divulgação de dados melhores do que o esperado sobre a atividade econômica brasileira. Às 10h11, a moeda era negociada em queda de 0,20%, a R$ 5,2474.
Os futuros das Bolsas norte-americanas apontam para abertura no azul. O mercado aguarda os dados da produção industrial de agosto no país e ainda leva em conta a inflação ao consumidor abaixo do esperado, divulgada na véspera.
Os indicadores econômicos são importantes direcionadores da política monetária do banco central do país, o Federal Reserve, que realiza uma reunião na próxima semana.
Os mercados acionários da Ásia fecharam o dia em queda, após dados macroeconômicos da China indicarem uma desaceleração do seu avanço econômico. Os gastos dos consumidores da segunda maior economia do mundo foram afetados pelo aumento de casos locais de Covid-19 e pelas enchentes, com as vendas no varejo avançando 2,5% em agosto sobre o mesmo período do ano anterior, bem abaixo da previsão de alta de 7,0%.
Além disso, segundo dados da Agência Nacional de Estatísticas, a produção industrial chinesa avançou 5,3% em agosto em relação ao ano anterior, após alta de 6,4% em julho e marcando o ritmo mais fraco desde julho de 2020. A expectativa de analistas era de um avanço de 5,8%.
O índice Shanghai, da China, caiu 0,17%; no Japão, o índice Nikkei recuou 0,52%; o Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,84%; e o BSE Sensex, de Mumbai, foi na contramão e fechou o dia em alta de 0,82%.
Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, afirma que o cenário da China segue bastante incerto, e a cada dia que se passa e os riscos não são estabilizados, cresce a possibilidade de contágio para o resto da economia e também do mundo. “Ainda não houve um impacto muito significativo nas cotações das ações globais, mas existe o risco de que isso aconteça.”
Na Europa, o dia é marcado por mercados no vermelho, com investidores também reagindo aos dados chineses, mas também atentos para as próximas eleições federais alemãs em 26 de setembro. O Stoxx 600 cai 0,41%; na Alemanha, o DAX recua 0,07%; enquanto o CAC 40 desvaloriza 0,61% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em baixa de 0,70%; e o FTSE 100 desce 0,04%, no Reino Unido.
Os contratos futuros do minério de ferro na China atingiram o nível mais baixo em nove meses nesta quarta-feira, com a queda na produção de aço da maior produtora aumentando as preocupações em torno da demanda pela matéria-prima. Os contratos futuros da commodity mais negociados na Bolsa de Dalian, para entrega em janeiro, chegaram a cair 4,3%, para 683 iuanes (US$ 106,02 dólares) por tonelada, e fecharam em baixa de 2,9%, para 693 iuanes.
Ainda no mercado de commodities, os preços do petróleo operam em alta nesta quarta-feira, depois que dados da indústria mostraram uma queda maior do que o esperado nos estoques de petróleo dos EUA e com a expectativa de que a demanda aumentará conforme o avanço da vacinação. Por volta das 9h55, o petróleo bruto Brent subia 1,71%, para US$ 74,86 o barril, enquanto o WTI avançava 1,83%, para US$ 71,75. (com Reuters)
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