O Ibovespa opera em queda no início do pregão de hoje (8), com recuo de 0,73%, a 117.002 pontos, por volta das 10h10 no horário de Brasília, em função, principalmente, do cenário político. O mercado repercute também indicadores da inflação e de emprego no país. No contexto internacional, os investidores globais operam com cautela diante de expectativas de desaceleração no crescimento econômico global e a propagação da Covid-19.
Nos indicadores, o IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna) caiu 0,14% em agosto, de uma alta de 1,45% em julho, mas a inflação continua pressionando tanto o produtor quanto o consumidor, de acordo com dados divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta quarta-feira. No entanto, o resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,10% no mês passado, e levou o índice a acumular alta de 28,21% em 12 meses.
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A FGV também publicou o que o IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego), que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil. Houve avanço de 0,9 ponto em agosto, para 90,1 pontos, no quinto mês seguido de alta, e aproximando-se do nível pré-pandemia.
Pietra Guerra, especialista em ações da Clear Corretora, reflete sobre o cenário político na Bolsa. “O que temos que entender é que esse clima tenso traz mais dificuldade de pauta para discutir reformas e até o impasse do pagamento dos precatórios. Então temos um ambiente mais avesso a resolução de pautas importantes para a nossa agenda econômica.”
O dólar avança frente ao real, em meio à cautela diante do aumento das tensões políticas domésticas. Às 10h10, a moeda era negociada em alta de 0,53%, a R$ 5,2033.
Os índices futuros dos Estados Unidos caminham para uma abertura em queda, enquanto o mercado segue atento aos indicadores econômicos e ao posicionamento do Federal Reserve sobre os estímulos econômicos. Ainda hoje, às 15h, a autarquia divulga o Livro Bege, no qual apresenta análises da economia de cada um dos distritos do banco central dos EUA.
Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, afirma que esse movimento de cautela é provocado pela reavaliação, feita pelos bancos, do cenário tanto no mercado norte-americano como na Europa. “O ponto de justificativa são os dados econômicos que mostraram que o pico de crescimento já poderia ter passado e que a variante Delta está afetando o avanço econômico.”
As Bolsas europeias operam no vermelho, seguindo um sentimento global mais cauteloso devido a incertezas sobre o crescimento econômico e um ressurgimento de casos de Covid-19. Os investidores também seguem atentos para a próxima reunião do BCE (Banco Central Europeu) que acontece amanhã (9) e trará dados importantes para o futuro da política monetária da zona do euro.
O Stoxx 600 cai 0,89%; na Alemanha, o DAX recua 1,26%; o CAC 40 desvaloriza 0,72% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em queda de 0,74%; enquanto no Reino Unido, o FTSE 100 recua 0,69%.
Os mercados asiáticos fecharam o dia majoritariamente no vermelho, em consonância com o clima de cautela global. O Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,12%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em queda de 0,05%; e na China, o índice Shanghai, recuou 0,04%. No Japão, o índice Nikkei foi na contramão e valorizou 0,89%, após o país revisar para cima o PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre, a uma taxa anualizada de 1,9%, contra expectativa de economistas de 1,6% e estimativa inicial de expansão de 1,3%.
Os contratos futuros do carvão metalúrgico e do coque da China oscilaram entre ganhos e perdas nesta quarta-feira, depois que o regulador do mercado anunciou um aumento nas taxas de transação para contratos ativamente negociados. O carvão metalúrgico mais negociado para janeiro, encerrou as negociações do dia com alta 0,3%, a 2.855 iuanes (US$ 441,78) a tonelada. Já o minério de ferro de Dalian para janeiro subiu 0,1%, para 747 iuanes (US$ 115,59) a tonelada.
Os preços do petróleo operam em alta, com os produtores do Golfo do México dos EUA recuperando progressivamente sua produção após o furacão Ida, embora as preocupações sobre o impacto do coronavírus na demanda limitem os ganhos. Por volta das 9h45, os futuros do petróleo Brent subiam 1,23%, a US$ 72,57 por barril, enquanto os futuros do WTI avançavam 1,45%, a US$ 69,34 o barril. (com Reuters)
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