O Ibovespa fechou em queda de 3,05%, a 110.123 pontos, se aproximando da mínima do ano, de 108.844 pontos, registrada na segunda passada (20). As ações da Vale (VALE3) recuaram 5,01% e puxaram a Bolsa para o campo negativo, acompanhadas de siderúrgicas como Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3), que cederam 7,84% e 7,27%, respectivamente.
Além dos receios dos desdobramentos de uma quebra da incorporadora Evergrande sobre os setores imobiliário e financeiro, a China passou a preocupar investidores também por questões sobre a oferta de energia. Restrições ao uso de carvão já afetam alguns setores da indústria do país, impacto que foi sentido pelas brasileiras exportadoras de metais.
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A aprovação pelo Congresso, hoje (28), do projeto de lei que cria as bases para o programa social que substituirá o Bolsa Família elevou a cautela dos mercados, em meio a dúvidas crescentes sobre a capacidade do governo de respeitar seu teto fiscal.
O desempenho das bolsas de Nova York também não ajudou o Ibovespa nesta terça. O Dow Jones caiu 1,63%, a 34.299 pontos; o S&P 500 cedeu 2,04%, a 4.352 pontos; e o Nasdaq recuou 2,83%, a 14.546 pontos.
A sinalização do Federal Reserve da semana passada – de que pode começar a reduzir suas compras mensais de títulos já em novembro, com possibilidade de elevação de juros mais cedo do que o esperado – tem impulsionado os rendimentos dos títulos do governo norte-americano nos últimos dias, levando a um movimento de venda no mercado de renda variável.
Papéis ligados ao setor de tecnologia, mais sensíveis à taxa de juros, fizeram pressão negativa sobre o mercado geral ao mesmo tempo em que os investidores perderam o apetite por risco.
O dólar fechou no maior patamar em quase cinco meses nesta terça-feira, a R$ 5,4254 na venda, alta de 0,88%. O aumento do retorno dos papéis da dívida dos Estados Unidos deu suporte ao dólar, que se valorizou nesta sessão frente aos principais pares do real.
No cenário doméstico, novos comentários sobre a política de preços da Petrobras e incertezas sobre a ortodoxia fiscal do governo nos esforços para colocar em prática um novo Bolsa Família mantiveram a confiança em xeque. Dados fiscais melhores do que o esperado para agosto ajudaram a amenizar os ganhos do dólar, mas não mudaram a rota da moeda norte-americana.
Bruno Mori, planejador financeiro CFP pela Planejar, vê espaço para alguma valorização do real ainda neste ano.”O Banco Central vai fazer um esforço adicional para trazer [o dólar] para baixo, uma vez que o câmbio tem um papel importante na dinâmica de inflação”, diz ele. (Com Reuters)
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