O Ibovespa fechou em alta de 1,29%, a 110.249 pontos. A Bolsa brasileira acompanhou os mercados externos e teve um dia de recuperação após as fortes quedas de ontem (20), puxadas pela tensão com o possível calote da chinesa Evergrande. A companhia do setor imobiliário ainda apresenta o risco de não conseguir pagar a dívida de US$ 300 bilhões.
“A dúvida é se estamos lidando com um caso de insolvência ou de [falta de] liquidez, e também sobre como será a atuação do Partido Chinês. Uma declaração do presidente da empresa e de alguns analistas de crédito tranquilizou o mercado de que não estamos num ‘evento Lehman'”, diz João Beck, economista e sócio da BRA, em referência à falência do banco Lehman Brothers durante a crise financeira de 2007-2008, nos EUA.
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Contribuiu para o desempenho positivo da Bolsa brasileira a reunião dos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que foi bem recebida pelo mercado. Após o encontro, o senador afirmou que a solução para o problema do pagamento dos precatórios respeitará o teto de gastos, acalmando temores de investidores sobre o cenário fiscal de 2022.
Os investidores brasileiros acompanham de perto a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que começou nesta terça. A expectativa diante do crescimento da inflação é que seja anunciada uma alta de um ponto percentual da taxa Selic.
A CVC (CVCB3), que subiu 6,50%, a R$ 21,94, ficou entre as maiores altas do dia após divulgar dados operacionais e financeiros de agosto, que mostraram que a companhia está se recuperando dos efeitos da pandemia no setor de turismo. As ações da Via (VIIA3), ex-Via Varejo, também foram destaque positivo no pregão, com avanço de 11,28%, a R$ 8,78. A varejista informou que superou no mês passado a marca de cem mil vendedores em seu marketplace.
Em Wall Street, os índices Dow Jones e S&P 500 registraram leves quedas de 0,15% e 0,08%, a 33.919 e 4.354 pontos, respectivamente. O Nasdaq subiu 0,22%, a 14.746 pontos. A recuperação das bolsas norte-americanas também foi impulsionada pela reavaliação dos riscos de um eventual calote da Evergrande. O mercado dos EUA operou em compasso de espera pela decisão do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), que começou a se reunir nesta terça e deve indicar amanhã o futuro da política monetária do país.
O dólar fechou em queda de 0,88%, a R$ 5,2859 na venda, após o real se valorizar graças ao aumento do apetite por risco no exterior e às declarações do presidente do Senado.
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