O Ibovespa fechou hoje (3) em leve alta de 0,22%, aos 116.933 pontos, resultado insuficiente para levar o índice ao azul no acumulado da semana, encerrada com queda de 3,1%. O início de setembro da Bolsa brasileira foi marcado por tensões políticas, crise hídrica, aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto de reforma do imposto de renda e recuo do PIB brasileiro no segundo trimestre.
Ações de bancos continuaram o movimento de queda visto no pregão de ontem (2), uma consequência do fim dos juros sobre capital próprio (JCP), previsto na proposta votada pelos deputados. O Santander (SANB11) registrou baixa de 2,33%; o Bradesco (BBDC4), de 1,39%. O Itaú (ITUB4) caiu 0,94%; e o Banco do Brasil (BBAS3), 0,62%.
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O Magazine Luiza (MGLU3) teve a maior alta do dia, avançando 4,94%. “A companhia divulgou novidades no App e pode diminuir o Custo de Aquisição de Clientes (CAC), um dos principais indicadores do setor varejista”, afirma Túlio Nunes, especialista em finanças da Toro.
A semana da Bolsa refletiu ainda ajustes de posições com a troca de mês e antes da nova composição do Ibovespa, que começa a valer a partir de segunda-feira (6) e inclui mais sete ações, totalizando 91 ativos de 84 empresas.
Em Wall Street, os fracos resultados mostrados pelo relatório de empregos do Departamento de Trabalho, conhecido como payroll, fizeram o Dow Jones fechar em baixa de 0,21%, a 35.369 pontos, assim como o S&P 500, que recuou 0,03%, a 4.535 pontos. Já o Nasdaq teve leve alta de 0,21% e atingiu nova máxima nesta sexta-feira, a 15.363 pontos. Os dados indicam que foram abertas 235 mil novas vagas em agosto, ante estimativas de 728 mil vagas e após o resultado de julho ter chegado a 1,05 milhão.
Se, por um lado, a desaceleração da criação de empregos gerou temores sobre o ritmo da recuperação econômica, por outro ela enfraqueceu o argumento a favor de uma redução gradual dos estímulos monetários do Banco Central dos EUA no curto prazo.
O dólar encerrou o dia estável, cotado a R$ 5,1835 na venda, chegando ao quinto dia de oscilações bastante moderadas para os padrões domésticos, com os agentes financeiros adotando uma postura defensiva antes das manifestações planejadas para o feriado de 7 de setembro, na próxima terça-feira.
“O dólar perdeu força no mercado para divisas de países emergentes por causa do payroll. Apesar das tensões políticas que temos visto por aqui, chegamos a ter uma queda no início do dia. Olhando para frente, [o câmbio] seguirá à mercê das questões internas, que terão peso maior que o ambiente internacional”, diz Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest.
Na semana, a moeda dos EUA acumula queda de 0,24%. Em 2021, já recuou 0,15%. (Com Reuters)
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