O Ibovespa fechou hoje (1º) em alta de 0,52%, aos 119.395 pontos, apesar de o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre ter decepcionado investidores, que esperavam um avanço de 0,2% em vez da queda de 0,1% informada pelo IBGE nesta quarta-feira. A Bolsa brasileira se apoiou no avanço das ações de bancos e no bom desempenho das bolsas norte-americanas, com o Nasdaq atingindo nova máxima e o S&P 500 se mantendo em patamares recordes.
Na agenda macroeconômica, o resultado da balança comercial brasileira, por outro lado, trouxe dados positivos. Em agosto, houve superávit de US$ 7,7 bilhões, um recorde histórico para o mês na série iniciada em 1989. O montante superou a estimativa de analistas, que previam um saldo positivo de US$ 7,2 bilhões, segundo pesquisa da Reuters. No acumulado de janeiro a agosto, o superávit chega a US$ 52 bilhões, ante US$ 35,7 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
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Em Wall Street, os índices fecharam no azul – o S&P 500 avançou 0,03%, a 4.524 pontos, e o Nasdaq subiu 0,33%, a 15.309. O Dow Jones foi na contramão e fechou em leve baixa de 0,14%, a 35.312 pontos.
Dados do mercado de trabalho norte-americano divulgados hoje mostraram que foram abertas 374 mil vagas em agosto, abaixo das projeções de economistas da Refinitiv, que calculavam 613 mil novos empregos. “O resultado corrobora a tese do Banco Central dos EUA que a segunda onda [da Covid-19] afetou a economia e a expectativa de manutenção dos estímulos econômicos, o que favorece o apetite por risco”, diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.
O dólar encerrou o dia em leve alta de 0,29%, a R$ 5,1847 na venda, na primeira sessão de setembro, que começou com investidores dando uma pausa para avaliar um cenário que ainda contempla os mesmos fatores de riscos fiscais e políticos do Brasil vistos nos últimos dias. A moeda norte-americana registrou sete quedas nas últimas oito sessões, período no qual recuou 4,62%.
O mercado reagiu de forma moderada aos números do PIB brasileiro do segundo trimestre, mas há risco de que as revisões de baixa nas estimativas econômicas ganhem força nos próximos dias e afetem a atratividade do real. Nesta quarta, o Credit Suisse baixou os prognósticos para o PIB deste e do próximo ano.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira que o dólar tem se comportado melhor, mas que os agentes econômicos seguem atentos a sinais sobre o comprometimento do governo com a sustentabilidade fiscal. “Se de fato o Brasil conseguir atingir credibilidade com um dólar desvalorizado, com exportações, com preço de commodities, esse fluxo deve fazer o dólar voltar a um equilíbrio mais baixo, mas temos um tema de credibilidade. Temos tido uma oscilação grande entre entrada e saída de acordo com o que os agentes econômicos entendem o que é o futuro do país”, disse ele. (Com Reuters)
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