O Ibovespa fechou hoje (23) em alta de 1,59%, a 114.064 pontos. O índice deu continuidade ao movimento de recuperação após as fortes quedas dos últimos pregões, causadas pela crise da gigante chinesa Evergrande, e depois dos anúncios do Banco Central brasileiro e do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, que vieram em linha com as expectativas do mercado.
Os destaques do dia são as ações de companhias siderúrgicas, como Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4), que subiram 9,25% e 5,63%, respectivamente, impulsionadas pelo aumento do preço do minério de ferro, que segue em alta após registrar a cotação mais baixa dos últimos dez meses no início desta semana.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
A maior valorização desta sessão foi da Embraer (EMBR3), que avançou 12,16%. A Eve, braço de mobilidade urbana da companhia brasileira, fechou um acordo com a Bristow para buscar certificação de operador aéreo para sua aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical. A empresa norte-americana anunciou uma encomenda de até cem aeronaves que serão entregues a partir de 2026.
Construtoras e incorporadoras foram afetadas pelo aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic anunciado ontem (22) pelo Banco Central. Três das maiores baixas do dia são do setor: Ez Tec (EZTC3) recuou 5,18%; Cyrella (CYRE3) teve queda de 4,33%; e MRV (MRVE3) cedeu 2,66%. Só com recursos da poupança, o setor movimentou R$ 21 bilhões em agosto, alta de 79,2% ante mesmo mês de 2020, informou a Abecip.
As bolsas norte-americanas encerraram o pregão no azul, refletindo a confiança dos investidores de que a crise da dívida da incorporadora chinesa Evergrande não contaminará os mercados internacionais como avaliado anteriormente.
O Dow Jones avançou 1,48%, a 34.764 pontos; o S&P 500 subiu 1,21%, a 4.448 pontos; e o Nasdaq cresceu 1,04%, a 15.052 pontos. As bolsas de Taiwan, Hong Kong e Xangai também fecharam em alta, indicando que os temores sobre o colapso do setor imobiliário da China já foram minimizados.
O mercado também recebeu bem o resultado da reunião do Federal Reserve, encerrada ontem. “Este é um rali após uma reunião muito boa do Fed”, disse Tim Ghriskey, estrategista-chefe de investimentos do Inverness Counsel, em Nova York. “Para mim, isso mostrou que não houve surpresas e que as coisas vieram como o esperado. […] Qualquer aumento nas taxas de juros pelo Fed ainda está longe e muita coisa pode mudar até lá.”
O dólar fechou esta quinta-feira com leve alta de 0,09%, a R$ 5,3086 na venda, com notícias fiscais domésticas pesando sobre o câmbio e retirando a moeda da queda de quase 0,9% de mais cedo, quando reagiu ao ambiente externo positivo e ao reajuste da taxa de juros brasileira. (Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.