A China Evergrande deixou investidores globais em dúvida sobre se irá realizar um importante pagamento de juros, ampliando os temores de que o governo chinês permitirá que detentores de títulos do exterior sofram grandes perdas, conforme se aprofundava, hoje (24), a crise de liquidez na empresa imobiliária mais endividada do mundo.
A Evergrande, que deve US$ 305 bilhões, ficou sem dinheiro e os investidores estão preocupados de que um colapso possa apresentar riscos sistêmicos ao sistema financeiro da China e reverberar em todo o mundo.
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O prazo de quinta-feira para o pagamento de US$ 83,5 milhões em juros de um título em dólar passou sem a Evergrande se pronunciar, e detentores de títulos não foram pagos nem ouviram nada da empresa, disseram à Reuters duas pessoas familiarizadas com a situação.
A empresa tem um período de carência de 30 dias e dará calote se esse prazo passar sem pagamento.
O silêncio da Evergrande agora contrasta com seu tratamento aos investidores domésticos. Nesta semana, a empresa resolveu o pagamento de cupom de um título doméstico.
“A visão de Pequim é que os detentores de títulos externos são amplamente instituições ocidentais e, portanto, podem receber tratamento diferente”, disse Karl Clowry, sócio da Addleshaw Goddard.
O banco central da China injetou de novo dinheiro no sistema bancário nesta sexta-feira, o que é considerado um sinal de suporte aos mercados. Mas as autoridades mantêm o silêncio sobre a situação da Evergrande e a mídia estatal da China não deu nenhum sinal sobre um eventual pacote de resgate. (com Reuters)
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