Em momento de preços altos de combustíveis e crise energética, o Brasil pode sim contar com a Petrobras, disse o presidente-executivo da empresa, Joaquim Silva e Luna, destacando que a nação ganha quando a companhia paga dividendos e tributos.
“O povo brasileiro pode contar com a Petrobras, ninguém tenha dúvidas. Ela tem ações no mercado, mas ela é totalmente focada, quando ela consegue produzir dividendos, o maior ganhador de dividendos é o próprio acionista majoritário”, comentou Luna, em referência à União.
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Em audiência na Câmara dos Deputados, ele disse que a Petrobras sendo uma “empresa forte contribui mais para o Brasil, particularmente nestes tempos desafiadores“.
Os comentários, feitos nas primeiras participações de Luna na audiência em meio a uma série de questionamentos e críticas de deputados sobre a política de preços da empresa, ocorreram após o próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), dizer na véspera que a “Petrobras deve ser lembrada: os brasileiros são seus acionistas”.
Lira ainda falou que está “tudo caro: gasolina, diesel, gás de cozinha”.
Já Luna citou ainda que a empresa “é uma organização social” e que “não está isenta de nada disso, e contribui naquilo que ela pode fazer”.
“Diariamente trabalhamos sobre estes temas dentro da empresa, produzir petróleo sim, mas se colocar dentro do contexto da sociedade do Brasil, sim também, ou até mais do que isso”, destacou.
A Petrobras tem por política seguir os preços internacionais do petróleo, com uma paridade de cotações que leva em conta também fatores como o câmbio.
As ações da companhia operavam em baixa de cerca de 1% por volta das 11:30, enquanto o Ibovespa tinha uma certa estabilidade no mesmo horário e o petróleo Brent subia 0,44%.
Terminal na Bahia
Luna disse ainda que a Petrobras espera fechar amanhã (15) um acordo para arrendar o terminal de regaseificação na Bahia, citando um dos movimentos da empresa que colaboram para ampliar a oferta de gás para termelétricas.
A declaração do executivo na audiência está em linha com reportagem da Reuters, publicada na véspera, de que o acordo deveria ser concluído nos próximos dias.
A nova empresa que vai assumir o terminal de GNL na Bahia irá instalar um navio no local, permitindo então que a Petrobras desloque seu navio regaseificador da unidade baiana para o Terminal de Regaseificação de GNL de Pecém, no Ceará.
Luna disse ainda que a parada programada para manutenção da plataforma de Mexilhão, importante produtora de gás, deverá estar concluída em 30 de setembro, antes dos meses em que os reservatórios das hidrelétricas ficam mais baixos para voltarem a se recuperar posteriormente com a chegada das chuvas.
A Petrobras disse anteriormente que as atividades da parada programada de Mexilhão e do gasoduto Rota 1, que escoa o gás produzido no campo e em outras plataformas da Bacia de Santos, estavam previstas para ocorrer até 28 de setembro.
Ele disse ainda que a parada de Mexilhão foi comunicada previamente às autoridades do setor elétrico, para que todas as ações fossem coordenadas, minimizando impactos. (Com Reuters)
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