Os investidores estão centrados nesta semana na reunião de política monetária do Federal Reserve conforme se aproxima o último trimestre do ano, quando se espera que o banco central dos Estados Unidos comece a reduzir seu nível sem precedentes de compras de títulos como primeiro passo em direção à normalização da política monetária.
Embora as expectativas dos investidores sejam altas de que a redução gradual do estímulo começará em 2021, ainda há muita incerteza sobre quando o Fed irá anunciar e, subsequentemente, reduzir as compras de títulos. O mesmo se aplica a quando ele aumentará as taxas de juros pela primeira vez desde 2019, antes de a pandemia o levar a reduzir as taxas a zero.
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Aqui estão cinco das principais questões que os investidores estarão observando na conclusão da reunião de dois dias do Fed na quarta-feira.
Compra de títulos
A maioria das autoridades do Fed expressou apoio a uma redução nas compras de títulos a partir deste ano, desde que o mercado de trabalho continue melhorando.
Embora seja possível que o Fed anuncie uma redução de seus US$ 120 bilhões em compras mensais de títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipotecas (MBS) nesta semana, com as compras a serem reduzidas já em novembro, a fraqueza recente nos dados econômicos reduziu a probabilidade de tal movimento.
Trajetória das altas de juros
O Fed teve o cuidado de tentar separar qualquer cronograma para reduzir as compras de títulos do aumento dos juros ante o atual nível de zero pela primeira vez desde março de 2020, mas isso pode não ser tão fácil quanto alguns pensam.
Se o emprego continuar melhorando e a inflação ficar acima da meta, as condições de redução do estímulo também podem ser vistas como as mesmas para o aumento dos juros.
O Fed assustou os investidores em junho, depois que os formuladores de política monetária disseram que previam dois aumentos nas taxas de juros em 2023.
Alta da inflação será transitória?
O principal argumento por trás da discussão sobre quando os juros podem ser elevados é se o Fed será capaz de esperar para ver a melhora econômica que deseja antes de apertar a política monetária, ou se as crescentes pressões sobre os preços o forçarão a agir.
O recente abrandamento dos preços reforçará o argumento do presidente do Fed, Jerome Powell, de que a inflação elevada será transitória. A curva de swap indexada à inflação apresenta uma inclinação descendente, refletindo as expectativas de que os aumentos anuais no índice de preços ao consumidor atingiram seu pico.
Projeções econômicas
As projeções econômicas das autoridades do Fed para o crescimento e o emprego, divulgadas após as reuniões de março, junho, setembro e dezembro, oferecerão uma percepção sobre se elas estão preocupadas que o crescimento e o emprego possam ficar para trás da inflação, deixando o Fed em uma situação difícil sobre como normalizar a política monetária.
Alguns investidores estão preocupados que a economia dos EUA possa entrar em um período de estagflação, em que as pressões de preços aumentam mesmo com o crescimento lento.
MBS e treasuries
Desde o início da pandemia, o banco central dos EUA tem comprado US$ 80 bilhões em títulos do Tesouro e US$ 40 bilhões em títulos lastreados em hipotecas por mês.
As especulações de que o Fed pode reduzir as compras de títulos lastreados em hipotecas antes, ou em um ritmo mais rápido, do que os títulos do Tesouro enfraquecem à medida que as autoridades do Fed minimizam a perspectiva de que a compra de MBS tenha contribuído para preços recordes de habitação em todo o país. (Com Reuters)
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