Em uma manhã de uma quinta-feira de abril, o painel de LED de 60 metros de altura do One Times Square exibiu um slogan ousado: “Nós fazemos o amanhã”. A empresa por trás do anúncio era a Zymergen, uma companhia de biologia sintética da Califórnia que acabara de entrar para a Bolsa com uma capitalização de mercado de US$ 3 bilhões. Seus três fundadores – Josh Hoffman, Zach Serber e Jed Dean – posaram na frente da tela, sorrindo sob suas máscaras anti-Covid estampadas com o logotipo amarelo da Zymergen.
A startup atraiu mais de US$ 1 bilhão em venture capital de empresas como SoftBank e Baillie Gifford, vendendo aos investidores sua visão lunar: fabricar produtos normalmente feitos de substâncias petroquímicas, que vão desde filmes ópticos para telas de smartphone até repelentes de mosquitos, de uma forma que seja melhor para o ambiente. Ao “fazer uma parceria com a Natureza”, segundo o prospecto da empresa, a Zymergen criaria micróbios que poderiam ser fermentados para fazer esses produtos, da mesma forma que o fermento culinário é fermentado para fabricar pão ou cerveja. Durante anos, as empresas de biologia sintética trabalharam nos limites da ciência, prometendo que a capacidade de reprogramar células mudaria o mundo de forma tão dramática quanto a engenharia da computação. O IPO de abril da Zymergen – junto com a oferta da Ginkgo Bioworks, cinco meses depois – marcou um momento decisivo para o novo setor.
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Apenas quatro meses depois, a Zymergen fez um anúncio surpreendente. A empresa informou que traria zero dólares em receita de produtos em 2021 e disse que projetava que “a receita de produtos seja imaterial” também em 2022. Nos documentos entregues à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) para a abertura de capital, a companhia afirmou que estava em processo de qualificação de seu primeiro produto, um filme óptico para telas LED dobráveis, e que já tinha vários clientes e receita esperada para o segundo semestre de 2021. A Zymergen também disse que tinha dez outros produtos em espera, e que o próximo lançamento estava previsto para 2022. Em sua declaração de agosto, no entanto, a companhia admitiu que o filme óptico teve “problemas técnicos” e seu lançamento foi atrasado. Hoffman, o CEO da empresa, foi dispensado. Jay Flatley assumiu interinamente – o ex-diretor da gigante de sequenciamento de genoma Illumina havia se tornado conselheiro da Zymergen um dia antes de seu IPO.
As ações da Zymergen despencaram 69% naquele dia, acumulando perdas de quase US$ 2,5 bilhões em valor de mercado. O comunicado foi chocante para uma empresa que havia levantado mais de US$ 1 bilhão em venture funding e US$ 530 milhões a mais abrindo seu capital. Acionistas estão processando a companhia, e autoridades regulatórias abriram inquéritos.
No entanto, de acordo com ex-funcionários e pessoas ligadas ao setor, havia sinais de alerta na Zymergen muito antes da crise de agosto.
Em seu prospecto, a empresa informou que a receita de 2020 foi de apenas US$ 13 milhões, e que seu prejuízo líquido no período foi de US$ 262 milhões. O documento também afirmava que a companhia enfrentava dificuldades para produzir sua linha de produtos Hyaline, e que o fabricante contratado logo precisaria ser substituído. De acordo com um ex-funcionário sênior da Zymergen, Hoffman apresentou resultados financeiros exagerados e projeções excessivamente otimistas sobre as capacidades da empresa, tanto interna quanto externamente. O ex-funcionário – que mantém investimentos ligados à companhia – lembra a resposta de Hoffman quando foi confrontado com esse comportamento: “Nunca subestime o poder do maior tolo”.
Em um mercado inundado de liquidez, as empresas estão abrindo o capital mais cedo com avaliações mais altas, especialmente em áreas atrativas como tecnologia e ciências biológicas. No ano passado, por exemplo, houve 44 IPOs de tecnologia que se tornaram públicos a uma relação mediana entre preço/vendas de US$ 13,00, em comparação com a média histórica de US$ 6,00 desde 1980, de acordo com dados compilados por Jay Ritter, um professor da Universidade da Flórida em Warrington. Até agora, este ano, esses números só aumentaram, com 90 empresas de tecnologia tornando-se públicas a uma relação mediana entre preço/vendas de US$ 15,00. É a primeira vez desde a bolha da Internet que a métrica caiu para dois dígitos. A Ginkgo abriu o capital via SPAC em setembro, em um negócio de US$ 17 bilhões que avaliou a empresa em mais de cem vezes a receita de 12 meses.
“Você encontra bolhas desse tipo no mercado”, diz Sri Kosaraju, presidente-executivo da empresa de biologia sintética Inscripta, que dirigiu o departamento de mercado de capitais de saúde do JPMorgan e co-liderou o de tecnologia. “Há muito dinheiro no sistema e nenhum lugar para investi-lo. As pessoas veem que há espaço para inovação em tecnologia e ciências biológicas, e é para lá que vai o dinheiro, então você vê essas avaliações exageradas.” O mercado ficou tão especulativo que, na hora de avaliar uma companhia, em vez de analisar a receita dos últimos 12 meses ou as estimativas do próximo ano, os pesquisadores do lado do vendedor “agora estão fazendo múltiplos de receita de três ou quatro anos para justificar o valor”, diz ele. “Nunca vi avaliações assim.”
Quando empresas conhecidas como WeWork ou Theranos colapsam, seus fundadores geralmente assumem a culpa. Mas, para essas empresas apoiadas por capital de risco, há muita culpa em todos os lados.
Investidores como o SoftBank endossam os fundadores e, em seguida, repassam seus investimentos (e os riscos) ao público por meio de IPOs. Os subscritores também, como Goldman Sachs e JP Morgan no caso da Zymergen, podem estar deixando de fazer due diligence nos parâmetros adequados. Procurados pela Forbes, o Goldman Sachs não respondeu a um pedido de comentário, e um porta-voz do JP Morgan se recusou a comentar.
Da mesma forma, os conselhos das empresas apoiadas por capital de risco têm o dever de garantir que os informes e projeções sejam precisos e confiáveis, diz John C. Coffee, professor de direito da Universidade de Columbia. “No decorrer da preparação do registro para o IPO, você normalmente teria uma boa dose de due diligence feita por funcionários dos escritórios de advocacia e dos subscritores. Eles aparentemente não detectaram nenhum problema”, diz ele. “Podemos estar diante de outro caso de pessoas altamente competentes que não examinaram devidamente uma nova empresa e apenas acreditaram na história cativante dos fundadores.”
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Em campos de ponta, como biologia sintética, exploração espacial e veículos autônomos, às vezes pode ser difícil discernir empresas promissoras de histórias exageradas ou esquemas de fraudes. Essas startups podem produzir os produtos que transformarão nossas vidas, mas o processo normalmente leva anos e muitas vão fracassar ao longo do caminho.
No caso da oferta pública da Zymergen, havia uma complicação extra: a área da biologia sintética em si é tão nova que os analistas do mercado que a cobrem tendem a ser especialistas em produtos químicos, um segmento no qual os processos de fabricação e aumento de escala são diferentes. Esses profissionais podem também vir de indústrias como biotecnologia, e medicamentos, que têm diferentes questões regulatórias e de marketing.
A Zymergen não se manifestou publicamente sobre a crise desde que Hoffman desde o comando da companhia, em agosto, exceto em uma conferência naquele mês com investidores na qual Flatley, o CEO interino, reconheceu as preocupações sobre a credibilidade da empresa. “Eu gostaria de deixar claro que estamos levando esta situação extremamente a sério”, disse ele, acrescentando que a empresa formou um comitê de supervisão estratégica e planejou conduzir uma revisão profunda com o apoio de consultores externos. “Estamos focados em restabelecer a credibilidade da liderança e da empresa. Reconhecemos que isso não acontecerá em semanas ou meses, mas exigirá uma execução consistente trimestre após trimestre de um plano factível. ”
A companhia se recusou a responder a perguntas da Forbes, mas disse em um comunicado que permanece “tão confiante como sempre em nossa plataforma e capacidade de trazer soluções inovadoras para o mercado”, e afirmou que “nossa ciência e tecnologia são sólidas”.
Os membros do conselho da Zymergen recusaram-se a comentar, ou encaminharam os pedidos de resposta à empresa, assim como o SoftBank e a maioria dos investidores. Hoffman não respondeu a contatos feitos por redes sociais e seu advogado se recusou a disponibilizá-lo para comentar o assunto. Os fundadores Serber e Dean também não responderam a perguntas. A empresa de gestão de investimentos Baillie Gifford, que liderou uma rodada de financiamento em julho de 2020, afirmou que a Zymergen agora está em boas mãos: “A empresa agiu rapidamente [nomeando] Jay Flatley como CEO interino”, Tom Slater, um sócio da Baillie Gifford, disse em um email para a Forbes. “Trabalhamos de perto com Jay enquanto ele era CEO da Illumina e temos muito respeito pelo que ele conquistou. Estamos ansiosos para trabalhar com ele e com a nova equipe de gestão da Zymergen.”
Hoffman, um ex-consultor da McKinsey e ex-banqueiro do grupo Rothschild, conheceu Serber e Dean enquanto trabalhava como consultor da Amyris, uma das primeiras empresas de biologia sintética, onde os dois atuavam como executivos. Os três se uniram em 2013 para lançar a Zymergen com Hoffman como CEO, Serber como diretor de ciências, e Dean, seu vice-presidente de engenharia. Eles chamaram o novo empreendimento de Zymergen, uma combinação das palavras “zymurgy” (o estudo da fermentação), “merge” (fusão) e “genomics” (genômica), e estabeleceram a sede em Emeryville, na Califórnia, uma região que possui várias startups de biologia.
Eles apostaram na promessa da biologia de criar materiais mais ecológicos para aplicações industriais, como os usados em telefones celulares. Mas o trio pode ter subestimado a dificuldade de desenvolver produtos para esse mercado, afirma Tom Baruch, um investidor de longa data no setor de biologia sintética por meio de sua empresa, a Baruch Future Ventures. “Os clientes industriais são muito inconstantes”, diz ele. “Qualquer pessoa que já trabalhou com materiais, ou escalando a produção para fabricantes de eletrônicos, sabe como é difícil.”
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Os problemas começaram a surgir muito antes do IPO da Zymergen. Em uma reunião geral no início de 2018, por exemplo, Hoffman subiu ao palco para entregar um relatório de status para os cerca de 500 funcionários. A companhia tinha acabado de adquirir a Radiant Genomics, uma empresa de banco de dados genômico, após um ano e meio de negociações.
De acordo com o ex-funcionário da Zymergen, os dois cofundadores da Radiant – Jeff Kim e Oliver Liu – concordaram com a aquisição depois de verem o pipeline interno da Zymergen, que mostrava bilhões em projeções de vendas em 2021. Na época, a Radiant registrou receita de pouco menos de US$ 10 milhões, de acordo com o ex-colaborador, que teve acesso às demonstrações financeiras de ambas as empresas durante o processo de due diligence. Antes do fechamento do negócio, a Radiant foi informada de que a Zymergen estava a caminho de atingir o triplo desse valor em 2017, segundo ele. Liu não respondeu às perguntas da Forbes e Kim se recusou a comentar o caso.
Enquanto o simpático Hoffman fazia seu discurso na reunião, ele compartilhou com os funcionários o número da receita anual da Zymergen: pouco menos de US$ 10 milhões. “Espere um minuto”, o ex-funcionário se lembra de ter pensado, “essa é a receita da Radiant. Esse é exatamente o número da Radiant”. Ele concluiu, a partir dessa apresentação, que a Zymergen teve “receita zero”.
Apesar da ausência de receita gerada por suas próprias operações, a Zymergen continuou arrecadando dinheiro para expandir. Menos de um ano após a aquisição da Radiant, ela atraiu a atenção do Vision Fund do SoftBank, o fundo japonês de investimento em tecnologia administrado pelo bilionário Masayoshi Son. A empresa, conhecida por fazer grandes apostas em startups do Vale do Silício, liderou uma rodada de investimentos de US$ 400 milhões na Zymergen em dezembro de 2018.
Embora o aporte tenha sido pequeno em comparação com o investimento inicial de US$ 4,4 bilhões da japonesa na WeWork, a rodada quase triplicou a avaliação da Zymergen, que foi de US$ 340 milhões para US$ 975 milhões. Um porta-voz do SoftBank e seu diretor, Travis Murdoch, que também faz parte do conselho da Zymergen, se recusaram a discutir o investimento.
Em abril de 2019, a Zymergen anunciou uma parceria de vários anos com a empresa japonesa Sumitomo Chemical para desenvolver novos materiais para a indústria de eletrônicos. Naquele semestre, a empresa alugou 27 mil metros quadrados em Emeryville, em um local onde antes havia funcionado um centro de pesquisa da farmacêutica Novartis. A expansão era apenas parte de um plano que poderia acrescentar centenas de milhares de metros quadrados em escritórios e laboratórios ao portfólio da Zymergen, além de mais 1.200 empregos, de acordo com uma reportagem do SiliconValley.com. A empresa também abriu uma filial de design de software em Seattle e contratou cerca de 250 engenheiros para a unidade.
Em abril de 2020, a empresa lançou a linha de produtos Hyaline, que a Zymergen afirmou em seu prospecto como uma oportunidade de mercado de US$ 1 bilhão. Mas com a pandemia afetando as cadeias de abastecimento globais, a empresa demitiu cerca de 10% a 15% de sua força de trabalho um mês depois, de acordo com um ex-funcionário que foi dispensado durante esse período. “As demissões começaram”, dizia uma resenha no site de avaliação de empregadores Glassdoor, escrita em maio de 2020. “Apenas outra startup que gastou mais dinheiro do que arrecadou.”
Apesar dos problemas, a empresa de gestão de investimentos Baillie Gifford liderou uma rodada de financiamento que arrecadou US$ 350 milhões para a Zymergen em julho do ano passado.
Hoffman e seus colegas executivos começaram a se preparar para o IPO no primeiro semestre de 2020. Assim como em 2019, a empresa estava queimando caixa a uma taxa de mais de US$ 250 milhões anuais, de acordo com seu documento de oferta pública de ações. A Hyaline, enquanto isso, gerou receita de apenas US$ 13 milhões em 2020 a partir de contratos de prestação de serviços de P&D e acordos de colaboração. No ritmo em que a Zymergen estava queimando dinheiro, os fundos arrecadados com a ajuda da Baillie Gifford acabariam no final de 2021.
“Se não conseguirmos levantar capital ou entrar em tais acordos quando necessário, podemos ter que atrasar significativamente, reduzir ou descontinuar o desenvolvimento, lançamento e comercialização de uma ou mais de nossas oportunidades de produtos e outras iniciativas estratégicas”, alertou a empresa em seu processo pré-IPO.
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Quando o chefe global de pesquisas químicas do HSBC, Sriharsha Pappu (que iniciou a cobertura das ações em “espera” e agora as classifica como “redução”) perguntou aos executivos da Zymergen por que estavam abrindo o capital, “eles disseram que sentiram que a janela de IPO estava aberta para um empresa de pré-receita como eles, e que era uma fonte de financiamento relativamente barata, razão pela qual eles estavam indo em frente com a oferta”, disse Pappu à Forbes por email. O IPO da Zymergen em abril de 2021 arrecadou US$ 530 milhões, o que corresponde a mais de 200 vezes a receita de 2020.
O CEO Hoffman adotou um tom entusiasmado sobre as operações da empresa durante uma entrevista no dia do IPO com a Forbes, alegando que a oportunidade de mercado potencial para seus primeiros dez produtos em eletrônicos, cuidados pessoais e agricultura era de US$ 1,2 trilhão. “Não estou dizendo que algum dia venderemos US$ 1,2 trilhão, não vamos ser absurdos, mas [nossos materiais são] onipresentes em todas as classes de produtos”, disse ele.
“Quando você olha essas empresas do Vale do Silício, encontra pessoas que são promocionais e [Hoffman] me pareceu um pouco promocional”, disse Les Funtleyder, gerente de portfólio de saúde e sócio da E Squared Capital, que acabou desistindo de investir em Zymergen e não participou do IPO. Foi o modelo de negócios de Zymergen que o dissuadiu, diz Funtleyder. “Não entendíamos como eles iriam ganhar dinheiro”, diz ele. “Vimos que a avaliação era, em nosso julgamento, alta, sem muitos resultados tangíveis.”
A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) também teve preocupações, conforme relatado anteriormente pela Forbes. A correspondência de fevereiro com o órgão mostrou que os reguladores questionavam os planos da empresa para aumentar a receita e a lucratividade, sua condição financeira atual e seu endividamento em aberto, que incluía uma linha de crédito de US$ 100 milhões na época do IPO.
A SEC também pediu à empresa que parasse de comparar seus produtos com o Kevlar, uma fibra forte e resistente ao calor desenvolvida pela gigante da química DuPont que é usada em coletes à prova de balas, pneus e muito mais “porque não parece ser uma comparação relevante”, de acordo com uma carta de Katherine Bagley da Divisão de Finanças Corporativas. A Comissão se recusou a comentar esta reportagem; também não confirmou nem negou que esteja investigando a Zymergen.
Além da administração do CEO interino Flatley, um conhecido executivo de biotecnologia que levou a Illumina de US$ 1,3 milhão em vendas em 2000 a uma avaliação de mercado de US$ 2,2 bilhões em 2015, a Zymergen também tem muito dinheiro ainda: um total de US$ 578 milhões, incluindo o que foi arrecadado em seu IPO. A Cathie Wood’s Ark Investments, que já possuía ações da companhia, comprou mais quando ela estava à beira do colapso, impulsionando os papéis. Seu ETF Ark Genomic Revolution agora possui 3,7% das ações da Zymergen, de acordo com a Morningstar. Na quarta-feira (13), suas ações subiram quase 40%, saindo de cerca de US$ 8 para US$ 11,23. Wood não respondeu às perguntas enviadas pela Forbes.
A nova gestão da Zymergen disse que precisará cortar despesas, e os observadores da indústria esperam muitas demissões, talvez 50% dos empregados ou mais. Em setembro, 120 funcionários foram dispensados. A companhia havia acumulado perdas totais de US$ 959 milhões em junho de 2021, de acordo com seu último balanço trimestral.
O que Hoffman disse à Forbes em uma entrevista há dois anos é talvez ainda mais relevante hoje para a empresa onde não trabalha mais: “A ideia de usar a biologia para fins industriais há muito tempo é um sonho. A menos que você consiga fazê-lo funcionar em grande escala, é um sonho com um apelo maravilhoso, mas é improvável que tenha impacto.”