Foi um ano decisivo para os bilionários. As 400 pessoas mais ricas dos Estados Unidos viram suas fortunas crescerem 40% em relação ao ano passado, e chegaram a um patrimônio conjunto de US$ 4,5 trilhões. O ranking ganhou 44 novos participantes, o maior número de novatos desde 2007, sendo que dois terços deles vêm dos setores de tecnologia e finanças.
Em comparação com o ano passado, o número de recém-chegados mais que dobrou, apesar de o patrimônio mínimo para ingressar na lista de 2021 ter sido de US$ 2,9 bilhões, US$ 800 milhões a mais do que em 2020. É a primeira vez que a linha de corte aumenta desde 2018. A Forbes usou os preços das ações de 3 de setembro deste ano para calcular os valores líquidos dos patrimônios.
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Liderando os recém-chegados, com fortuna de US$ 30,4 bilhões, está Miriam Adelson, esposa do magnata dos cassinos Sheldon Adelson, que morreu em janeiro de 2021, aos 87 anos. Ela e seu falecido marido estão entre os maiores apoiadores do Partido Republicano dos Estados Unidos. Nas eleições de 2020, eles doaram US$ 180 milhões para grupos políticos e campanhas de candidatos da legenda.
Aos 75 anos, Adelson não é a recém-chegada mais velha em 2021. Essa distinção vai para Robert Brockman, de 80 anos, o misterioso investidor bilionário de softwares que foi acusado pelo governo dos EUA de dirigir o maior esquema de evasão fiscal da história americana (ele se declarou inocente). Depois de deduzir os US$ 1,3 bilhão de seus ativos que estão congelados, a Forbes estima que sua fortuna seja de US$ 4,7 bilhões.
O novato mais jovem da lista deste ano é Sam Bankman-Fried, de 29 anos, o segundo mais rico entre os novos nomes, com patrimônio estimado em US$ 22,5 bilhões. Brian Armstrong e Fred Ehrsam são quase da mesma idade que ele, e também fizeram suas fortunas com criptomoedas. Armstrong é dono de US$ 11,5 bilhões, e Ehrsam, de US$ 3,5 bilhões; os dois fundaram a exchange Coinbase. Baiju Bhatt, por sua vez, também aparece no ranking pela primeira vez. O patrimônio do cofundador da fintech Robinhood Markets é estimado em US$ 2,9 bilhões.
Depois de finanças e tecnologia, o setor de saúde traz o terceiro maior grupo de novatos. Entre eles está Li Ge, da fabricante de dispositivos médicos Wuxi AppTec, sediada em Xangai. Sua fortuna é de US$ 11,6 bilhões, de acordo com o levantamento da Forbes.
Também fazem parte do setor um trio de investidores e executivos da fabricante de vacinas Moderna: o professor de Harvard Timothy Springer (US$ 5,9 bilhões), o cofundador e presidente da Moderna, Noubar Afeyan (US$ 5 bilhões), e Robert Langer (US$ 4,9 bilhões), também cofundador da empresa e professor do MIT .
Outra recém-chegada notável é a filantropa Melinda French Gates, co-presidente da Fundação Bill e Melinda Gates, que agora tem uma fortuna independente estimada em US$ 6,3 bilhões depois de se divorciar do fundador da Microsoft.
Completando os 44 novos participantes estão os irmãos gêmeos bilionários e empresários Cameron e Tyler Winklevoss, que ocuparam a primeira capa da revista Forbes a ser transformada em um token, em abril.
Confira abaixo os dez novos membros mais ricos da Forbes 400. Foram considerados os valores das ações após o fechamento dos mercados de 3 de setembro de 2021:
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Alex Wong / Getty Images Miriam Adelson
Patrimônio líquido: US$ 30,4 bilhões
Fonte de fortuna: cassinosAdelson herdou a participação de 57% de seu falecido marido no Las Vegas Sands, o império de Cassinos em Singapura e Macau, após sua morte em janeiro de 2021. Essa participação valia cerca de US$ 19 bilhões, em 3 de setembro, data em que a Forbes fechou os preços das ações para a lista.
Em março, a empresa vendeu seus ativos em Las Vegas – incluindo o Venetian Resort e o Sands Expo and Convention Center – para a empresa de investimentos alternativos Apollo Global por US$ 5 bilhões em dinheiro e US$ 1,2 bilhão em empréstimos.
Médica especializada em vício em drogas, Miriam Adelson não atua no conselho do Las Vegas Sands, e sim como diretora do braço social da empresa desde 1990.
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Reprodução / Forbes Sam Bankman-Fried
Patrimônio líquido: US$ 22,5 bilhões
Fonte de fortuna: criptomoedasO graduado do MIT de 29 anos deve a maior parte de sua fortuna de US$ 22,5 bilhões à sua participação na exchange FTX, fundada por ele em 2019. Além disso, sua fortuna está atrelada aos seus tokens FTT. Ele também fundou a Alameda Research, que tem US$ 2,5 bilhões em ativos sob gestão. Seu objetivo é ficar o mais rico possível e depois doar tudo.
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SIG / Reprodução Forbes Jeff Yass
Patrimônio líquido: US$ 12 bilhões
Fonte de fortuna: comércio, investimentosO ex-jogador profissional ingressou na Forbes 400 graças à sua participação na Susquehanna International Group, fundada por ele em 1987 e transformada em uma das firmas mais bem-sucedidas de Wall Street.
De acordo com a Alphacution Research, a empresa negociou 1,8 bilhão de contratos de opções em ações em 2020, o que representa quase um quarto de todas as negociações de opções nos EUA. Susquehanna também investe em empresas privadas que vão desde a controladora do Tiktok, Bytedance, até a empresa de monitoramento de crédito Credit Karma.
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Steven Ferman / Getty Images Brian Armstrong
Patrimônio líquido: US$ 11,5 bilhões
Fonte de fortuna: criptomoedasO cofundador da corretora de criptomoedas Coinbase, de 38 anos, abriu o capital da empresa em abril de 2021, uma estreia que avaliou a exchange de nove anos em US$ 86 bilhões, dando a Armstrong uma fortuna de US$ 11,8 bilhões. Seu patrimônio líquido diminuiu desde então por causa de uma queda no preço das ações da Coinbase e nas cotações das principais criptomoedas do mercado.
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Arte / Forbes Paul Xiaoming Lee
Patrimônio líquido: US$ 9,5 bilhões
Fonte de fortuna: embalagensO graduado na Universidade de Massachusetts junta-se à lista graças à sua participação na fabricante de embalagens Yunnan Energy New Material, que também é presidida por ele. Suas ações da companhia valiam US$ 9,4 bilhões em 3 de setembro, o que corresponde a 98% de sua fortuna.
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South China Morning Post / Getty Images Lin Bin
Patrimônio líquido: US$ 8,5 bilhões
Fonte de fortuna: smartphonesAntes de fundar a Xiaomi, uma das maiores marcas de smartphones do mundo, em 2010, Lin trabalhou como diretor de engenharia no Google, com passagens pela ADP e Microsoft. Atualmente, ele é vice-presidente da Xiaomi e sua participação na empresa representa 87% de seu patrimônio líquido estimado.
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PHOTO BY JACOB LEWKO/THE FORBES COLLECTION Mat Ishbia
Patrimônio líquido: US$ 8,3 bilhões
Fonte de fortuna: crédito hipotecárioO ex-jogador de basquete universitário Mat Ishbia transformou o pequeno negócio de hipotecas de seu pai em uma marca nacional: a United Wholesale Mortgage. Em janeiro de 2021, a empresa de 35 anos abriu capital por meio de uma fusão SPAC. A listagem transformou ele e seu irmão Justin em bilionários.
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South China Morning Post / Getty Images Sun Hongbin
Patrimônio líquido: US$ 6,9 bilhões
Fonte de fortuna: imóveisO magnata do mercado imobiliário junta-se à Forbes 400 devido à sua participação na Sunac China Holdings, uma das maiores incorporadoras imobiliárias da China. As ações da empresa listada em Hong Kong caíram quase 27% desde 3 de setembro, puxadas para baixo por preocupações do mercado com a rival Sunac e com a crise da dívida da Evergrande.
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PHOTO BY JAMEL TOPPIN FOR FORBES ASIA Michael Kim
Patrimônio líquido: US$ 6,7 bilhões
Fonte de fortuna: capital privadoKim é cofundador da MBK Partners, empresa sediada em Seul que tem US$ 20 bilhões em ativos sob gestão. Nascido na Coreia do Sul e criado nos Estados Unidos, Kim também é colecionador de arte e escritor. Em 2020, ele publicou “Offerings”, seu primeiro romance, que conta a história de um banqueiro de investimentos durante a crise financeira asiática do final dos anos 1990.
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Kimberly White / Getty Images Philippe Laffont
Patrimônio líquido: US$ 6,5 bilhões
Fonte de fortuna: fundos multimercadosPhilippe Laffont dirige o Coatue Management, um fundo multimercado e de capital de risco voltado para investimentos relacionados a tecnologia. A empresa possui US$ 25 bilhões em ativos sob gestão.
Miriam Adelson
Patrimônio líquido: US$ 30,4 bilhões
Fonte de fortuna: cassinos
Adelson herdou a participação de 57% de seu falecido marido no Las Vegas Sands, o império de Cassinos em Singapura e Macau, após sua morte em janeiro de 2021. Essa participação valia cerca de US$ 19 bilhões, em 3 de setembro, data em que a Forbes fechou os preços das ações para a lista.
Em março, a empresa vendeu seus ativos em Las Vegas – incluindo o Venetian Resort e o Sands Expo and Convention Center – para a empresa de investimentos alternativos Apollo Global por US$ 5 bilhões em dinheiro e US$ 1,2 bilhão em empréstimos.
Médica especializada em vício em drogas, Miriam Adelson não atua no conselho do Las Vegas Sands, e sim como diretora do braço social da empresa desde 1990.