A presidente-executiva da General Motors, Mary Barra, disse hoje (6) aos investidores que a montadora planeja dobrar a receita até 2030, expandindo os lucros dos veículos a combustão conforme lança novos carros elétricos e serviços controlados digitalmente na tentativa de ultrapassar a Tesla.
Se a GM tiver sucesso, sua receita anual em 2030 será de cerca de US$ 244 bilhões, e a montadora será a líder em vendas de carros elétricos nos Estados Unidos. Considerando a atual margem de 12% de lucro bruto da GM, isso implicaria em lucros brutos anuais de até US$ 29 bilhões. Fontes disseram à Reuters anteriormente que a GM divulgará um crescimento impressionante de receita e expansão de margem.
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As ambiciosas metas financeiras de Barra para 2030 são o mais recente impulso em sua campanha para convencer os investidores de que a General Motors, e não a Tesla, pode ser a líder tanto em desenvolvimento de tecnologia quanto em lucratividade, enquanto a indústria automobilística navega pela mais profunda revolução tecnológica desde o Ford Modelo T, produzido em massa.
Barra e outros executivos da GM iniciaram uma série de apresentações para investidores, que durará dois dias, no Centro Técnico da montadora em Warren, Michigan, argumentando que a GM pode se transformar “de montadora a uma plataforma de inovação” – uma referência às empresas de plataforma digital do Vale do Silício, como a Apple, que tem avaliações de ações muito mais altas do que a GM e outras fabricantes de automóveis existentes.
Barra, que assumiu o comando em 2014, elevou o preço das ações da empresa de uma faixa estreita em torno de seu preço de oferta pública inicial de 2010 de US$ 33 para quase o dobro até certo ponto. As ações eram negociadas hoje a cerca de US$ 54 cada.
Mas com uma capitalização de mercado de cerca de US$ 78 bilhões, a GM permanece muito atrás da capitalização de mercado da Tesla, de US$ 773 bilhões, refletindo o ceticismo do investidor de que a GM pode igualar as proezas de bateria e software da Tesla.
Barra e o presidente da GM, Mark Reuss, traçaram um plano para uma transição para uma frota totalmente elétrica até 2035, que começaria gradualmente e depois se aceleraria entre 2030 e 2035. Em 2030, mais da metade das fábricas da GM na China e na América do Norte serão “capazes de produzir veículos elétricos”.
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