O Ibovespa opera em alta de 0,20% no início do pregão de hoje (15), a 113.409 pontos perto das 10h12, horário de Brasília. No radar dos investidores domésticos estão a prévia do PIB, a inflação e as discussões fiscais em Brasília. Enquanto isso, os mercados globais operam com otimismo em torno de resultados corporativos nos EUA, Europa e Ásia. Mas as perspectivas de crescimento econômico global ainda geram cautela.
Nos indicadores, o IBC-Br, o índice de atividade econômica do Banco Central, considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), registrou queda de 0,15% em agosto na comparação com o mês anterior, de acordo com dado divulgado nesta sexta-feira. A expectativa em pesquisa da Reuters era de um recuo de 0,05% no mês. Na comparação com agosto de 2020, o IBC-Br avançou 4,74%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a uma alta de 3,99%.
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Além disso, o IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) registrou em outubro queda de 0,31%, após recuar 0,37% no mês anterior. O dado, informado nesta sexta-feira pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), levou o acumulado em 12 meses a 22,53%. A expectativa em pesquisa da Reuters para o dado mensal era de queda de 0,38%.
Em Brasília, seguem as discussões em torno dos gastos do governo, que necessita da aprovação da PEC dos Precatórios para garantir as mudanças fiscais desejadas, como a ampliação do Auxílio Brasil em substituição do Bolsa Família e o aumento do valor pago no programa, inicialmente previstos para serem viabilizados por meio da reforma do Imposto de Renda.
No início da sessão de hoje, o dólar recua frente ao real após declaração do BC com decisão de seguir ativo no mercado de câmbio. Às 10h12, a moeda era negociada em queda de 0,53%, a R$ 5,4839.
Os futuros das Bolsas norte-americanas apontam para abertura no azul. O mercado reage aos dados de vendas no varejo de agosto e ainda digere resultados financeiros positivos dos principais bancos do país. Ainda hoje, os operadores aguardam pelo balanço do Goldman Sachs.
As vendas no varejo nos EUA subiram 0,7% no mês passado, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam queda de 0,2% nas vendas no indicador em setembro. Os dados de agosto foram revisados para cima, mostrando que as vendas no varejo aumentaram 0,9%, em vez de 0,7%, conforme publicado anteriormente.
Além disso, o presidente Joe Biden promulgou, na véspera (14) a lei que eleva temporariamente o limite de empréstimo do governo para US$ 28,9 trilhões, adiando o prazo para um calote da dívida até dezembro deste ano.
Os mercados acionários da Ásia fecharam o dia em alta, após resultados corporativos positivos nos EUA e na região. O mercado também digeriu o comentário do Banco Central da China sobre os problemas de dívida do China Evergrande Group. A autarquia afirmou que o efeito do contágio é controlável, pedindo à Evergrande que intensifique as alienações de ativos e a retomada dos projetos e acrescentando que as instituições financeiras individuais não têm alta concentração de exposição à Evergrande.
O índice Shanghai, da China, subiu 0,40%; no Japão, o índice Nikkei avançou 1,81%; o Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 1,48%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,94%.
Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, observa que o mercado está focando no curto prazo e indo às compras ainda que os problemas econômicos globais continuem. “Não temos um endereçamento claro para as questões imobiliárias da China, a inflação ainda é um problema. Mas como nós temos maiores sinalizações dos próximos passos do Fed e uma temporada de balanços do terceiro trimestre que, até o momento, está surpreendendo o mercado, o investidor está animado.”
Na Europa, o dia é marcado por índices no azul, com investidores também reagindo aos resultados financeiros das empresas e bancos globais. Apesar disso, a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, informou que o superávit comercial externo dos países que usam o euro foi de € 4,8 bilhões em agosto, contra € 14 bilhões um ano antes. Economistas consultados pela Reuters esperavam excedente de € 16,1 bilhões.
O Stoxx 600 sobe 0,50%; na Alemanha, o DAX avança 0,60%; enquanto o CAC 40 valoriza 0,47% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em alta de 0,71%; e o FTSE 100 cresce 0,30%, no Reino Unido.
No mercado de commodities, os preços do petróleo operam em alta nesta sexta-feira, com sinais crescentes de oferta restrita nos próximos meses, com a disparada dos preços do gás e do carvão levando a uma mudança para os derivados de petróleo. Por volta das 9h50, o petróleo bruto Brent subia 0,99%, para US$ 84,83 o barril, enquanto o WTI avançava 0,81%, para US$ 81,97. (com Reuters)