A inflação na zona do euro atingiu máxima de 13 anos em setembro e deve saltar ainda mais, obscurecendo a visão benigna do Banco Central Europeu sobre o maior aumento de preços desde antes da crise financeira global.
A inflação ao consumidor nos 19 países que usam o euro acelerou a 3,4% em setembro sobre o ano anterior, de 3% em agosto, chegando à leitura mais elevada desde setembro de 2008 e acima da expectativa de analistas de 3,3%, mostraram hoje (1) dados da agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat.
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Os preços subiram devido principalmente ao aumento nos custos de energia, diante da reversão na queda dos preços do petróleo que aconteceu durante a pandemia de Covid-19, mas o impacto de gargalos de produção e oferta também pesou com os preços dos bens duráveis aumentando 2,3% em relação a agosto.
Com os preços do gás natural saltando e gargalos impactando tudo, de produção de carros à fabricação de computadores, a inflação pode atingir 4% até o final do ano, duas vezes a meta do BCE, antes do que o banco prevê que será uma queda relativamente rápida no início de 2022.
Mas os problemas na cadeia de oferta parecem estar piorando, aumentando as chances de o salto da inflação chegar ao núcleo dos preços e criar pressões mais permanentes com as empresas ajustando os preços e as políticas salariais. (Com Reuters)
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