O grupo de telecomunicações TIM avalia fazer um investimento adicional de R$ 2,2 bilhões em 2022 em relação ao plano anterior que não incluía o futuro resultado do leilão 5G, previsto para ocorrer na próxima semana, afirmaram executivos da empresa hoje (26).
“Temos que aguardar o fechamento do leilão, mas, indicativamente, podemos ter desembolso de R$ 2,2 bilhões a mais comparado com nosso plano original sem o 5G”, afirmou o presidente da TIM, Pietro Labriola, em teleconferências com analistas e jornalistas após a divulgação dos resultados de terceiro trimestre na noite da véspera.
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As ações da TIM exibiam queda de 2,8% às 13h34, enquanto o Ibovespa tinha baixa de 1,91%. Analistas consideraram que a performance da empresa em adição de clientes banda larga no terceiro trimestre foi lenta, mas Labriola comentou que a empresa está vendo sinais de aceleração no quarto trimestre.
A TIM deve enviar à Anatel amanhã (27) suas propostas para o leilão 5G, marcado para a 4 de novembro. Labriola evitou dar detalhes sobre a oferta.
O governo federal pode arrecadar cerca de R$ 10 bilhões com o leilão, considerando valores mínimos dos lotes e ofertas para todos eles, afirmaram em setembro, membros da Anatel e Ministério das Comunicações.
Segundo Labriola, a TIM já tem contratos de fornecimento de equipamentos acertados com Ericsson e Huawei e que vencem no final de 2022. Ele afirmou que a empresa, que já vem há alguns meses testando serviço 5G em alguns locais do país, quer lançar o serviço “o quanto antes”.
Questionado sobre o acordo que com o banco digital C6, o vice-presidente de estratégia e transformação da operadora, Renato Ciuchini, afirmou que em outubro a TIM atingiu um gatilho na parceria que dá direito a bônus de subscrição do banco equivalende a uma participação 4,08%.
Ciuchini disse ainda que a TIM deve anunciar entre janeiro e fevereiro de 2022 três a cinco parcerias adicionais nos moldes da feita com o C6. A operadora trabalha para alavancar seus negócios por meio de oferta de conteúdo a usuários e clientes empresariais e, além de banco digital e educação, avalia acordos nas áreas de telemedicina, “conteúdo” e “marketplaces com função financeira”, além de energia.
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“Estamos refinando este ‘pipeline’ de oportunidades e devemos apresentar este cronograma e indústrias que vamos perseguir”, afirmou o executivo.
Além das parcerias, a TIM estuda eventuais cisões de negócios em áreas que incluem IoT (Internet das Coisas) e publicidade em dispositivos móveis, disse Labriola.
Perguntado sobre quanto espera uma conclusão da venda dos ativos de telefonia móvel da Oi, Labriola respondeu que a previsão está entre o final de novembro e início de dezembro. (Com Reuters)