No Forbes Radar de hoje (12), a B3 divulga alta de 13% no lucro no terceiro trimestre, para R$ 1,29 bilhão, em comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita líquida da empresa, porém, caiu 1,5% ano a ano, para R$ 2,25 bilhões.
Já a Magazine Luiza teve forte queda no lucro do terceiro trimestre, com a desaceleração das vendas após um pico durante os primeiros meses da pandemia, para R$ 22,6 milhões, quase 90% de queda ante os R$ 215,9 milhões reportados em 2020.
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Ainda hoje, o mercado aguarda a divulgação de resultados BR Malls (BRML3), Omega Geracao (OMGE3), Cosan (CSAN3), Copasa (CSMG3) e Kora Saúde (KRSA3).
Veja estes e outros destaques corporativos do dia:
Magazine Luiza (MGLU3)
O Magazine Luiza teve forte queda no lucro do terceiro trimestre, uma vez que a desaceleração das vendas após um pico durante os primeiros meses da pandemia e maiores gastos com marketing pesaram na margem da varejista.
A companhia anunciou ontem (11) que o lucro ajustado de julho a setembro somou R$ 22,6 milhões, quase 90% de queda ante os 215,9 milhões reportados um ano antes.
As vendas totais, incluindo lojas físicas, e-commerce com estoque próprio e marketplace (3P) cresceram 12% ano a ano, para R$ 13,8 bilhões, com impulso do ecommerce, que avançou 22%, e redução de 8% nas lojas físicas. No ano passado, o comércio eletrônico da companhia tivera um salto de 148%.
“A performance das lojas físicas foi impactada pela piora dos indicadores macroeconômicos como o aumento da inflação e da taxa de juros”, afirmou o Magazine Luiza no relatório.
Como reflexo do contínuo ganho de participação dos canais digitais nas vendas, a margem bruta ajustada da companhia caiu 1,5 ponto percentual ano a ano, para 24,7%. Ainda assim, a empresa citou dados de consultoria para afirmar que teve ganho de participação de mercado no período.
E as despesas operacionais ajustadas subiram a 20,6% da receita líquida, alta de 1,1 ponto, com menor diluição das despesas nas lojas físicas e aumento das despesas de marketing no e-commerce.
Com isso, o resultado operacional do grupo medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado caiu 37,5% no comparativo anual, a R$ 351 milhões. A margem Ebitda caiu de 6,8% para 4,1%.
O Magazine Luiza afirmou ainda que o total de transações processadas por seu braço financeiro somou R$ 18,5 bilhões no trimestre, salto de 98,5% em um ano. A base de cartões de crédito atingiu 6,6 milhões de cartões, 33,3% maior. A empresa terminou setembro com um saldo de caixa ajustado de R$ 9,1 bilhões.
Americanas (LAME4)
A Americanas divulgou ontem (11) lucro líquido de R$ 240,6 milhões valor, forte alta ante os R$ 36 milhões do mesmo período de 2020, quando se inclui na conta efeitos tributários na base de cálculo do PIS/Cofins.
Excluindo este efeito, o resultado recorrente da companhia foi um prejuízo de R$ 6 milhões. Analistas, em média, esperavam que a companhia tivesse prejuízo líquido de R$ 12,6 milhões entre julho e o fim de setembro, segundo dados da Refinitv.
A Americanas, resultado da fusão dos ativos da Lojas Americanas com a controlada B2W, teve crescimento de venda bruta total no conceito GMV de R$ 12,9 bilhões no trimestre passado, expansão de 23,8% sobre o mesmo período do ano passado.
A concorrente Via divulgou na noite da véspera um crescimento de GMV total de 5,7% no trimestre, pressionado pela queda de 14,3% no desempenho de lojas físicas, enquanto as vendas digitais, tiveram um crescimento de 34,7%.
A Americanas apurou um resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado de R$ 743 milhões no terceiro trimestre, praticamente estável ano a ano. A margem, porém, caiu 2,5 pontos, para 11,8%. Analistas, segundo a Refinitiv, esperavam Ebitda de R$ 604,5 milhões para a companhia no período. A receita líquida cresceu 21,5% no período, para cerca de R$ 6,3 bilhões. A companhia terminou setembro com uma posição de caixa líquido de R$ 3 bilhões.
B3 (B3SA3)
A B3 teve alta no lucro referente ao terceiro trimestre. A melhora no resultado financeiro compensou o efeito de maiores despesas e de estabilização das receitas. A operadora de infraestrutura de mercado financeiro informou ontem (11) que o lucro líquido recorrente de julho a setembro somou R$ 1,29 bilhão, em linha com estimativas compiladas pela Refinitiv e aumento de 13% sobre um ano antes.
Mesmo com a desaceleração do mercado acionário na base sequencial, dado o cenário de aumento de inflação e juros no Brasil, o que também tirou de cena várias ofertas iniciais de ações (IPOs) planejadas, o faturamento da companhia ficou praticamente estável.
A receita líquida caiu 1,5% ano a ano, para R$ 2,25 bilhões. Na outra ponta, as despesas somaram R$ 706,8 milhões, aumento de 9%, com maior pressão nas linhas de processamento de dados e gastos com pessoal.
Em contrapartida, o efeito do ciclo de alta da Selic para tentar conter a inflação turbinou os resultados da carteira de títulos da B3, com o resultado financeiro passando de R$ 26,4 milhões negativos um ano antes para um saldo positivo de R$ 20,5 milhões.
Hapvida (HAPV3)
A Hapvida teve forte queda no lucro líquido do terceiro trimestre ante mesmo período de 2020, seguindo tendência apresentada por outras companhias do setor, impactadas por aumento da sinistralidade decorrente da pandemia.
A companhia teve lucro líquido de R$ 43,7 milhões de julho a setembro, queda de 82,4% ante um ano antes. No período, a sinistralidade total passou de 60,4% para 72,3%, publicou a companhia ontem (11).
Com o alta dos gastos com pacientes, o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 43%, para R$ 291,5 milhões.
Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$ 237,8 milhõespara a Hapvida, com Ebitda de R$ 476,25 milhões, segundo dados da Refinitiv.
Na véspera, a rival que é alvo de aquisição da Hapvida, NotreDame Intermédica, divulgou sinistralidade de 80,1%, ante 68,6% um ano antes, e prejuízo de R$ 90,7 milhões.
Os custos assistenciais da empresa subiram 41,7% no período, para R$ 1,74 bilhão, e as despesas administrativas tiveram incremento de 35%, a 270,7 milhões. A Hapvida terminou setembro com 7,45 milhões de clientes de planos de saúde e odontológicos, expansão anual de 16,4% e alta de 3,5% ante o junho.
Petrobras (PETR4)
O conselho de administração da Petrobras aprovou a eleição de Rafael Chaves Santos para o cargo de diretor executivo de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade, com posse prevista para 16 de dezembro, informou a companhia ontem (11).
Com isso, também foi aprovada a dispensa de Roberto Furian Ardenghy, que ocupa o cargo atualmente.
Santos é engenheiro, com pós-graduações tanto em Finanças quanto em Economia. Ingressou na Petrobras em janeiro de 2019 e ocupava a cadeira de gerente executivo de Estratégia.
A indicação do novo diretor executivo foi objeto de prévia análise pelo Comitê de Pessoas do conselho, disse a empresa em comunicado.
Lojas Renner (LREN3)
A Lojas Renner divulgou nesta ontem (11) líquido de R$ 172 milhões no terceiro trimestre, ante prejuízo de R$ 82,9 milhões um ano antes, com forte crescimento de receita e alta nas margens.
A receita líquida das vendas de mercadorias cresceu 43,5%, para R$ 2,37 bilhões, enquanto as vendas mesmas lojas tiveram aumento de 39,5%. A vendas digitais (GMV consolidado) subiram 8,2%, para R$ 377,4 milhões.
As despesas operacionais (vendas, gerais e administrativas) cresceram 32,5%, mas em relação à receita caíram para 36,6%, de 39,6% um ano antes. O resultado operacional medido pelo Ebitda da operação de varejo ajustado somou R$ 203,7 milhões, de R$ 12,9 milhões no mesmo período de 2020, com a margem nessa métrica saltando de 0,8% para 8,6%.
O Ebitda total ajustado, que contempla os serviços financeiros, mas exclui os arrendamentos, alcançou R$ 438,5 milhões, alta de 402%, com a margem nessa medida subindo 13,2 pontos percentuais, para 18,5%.
No material de divulgação do balanço, a Lojas Renner disse que segue observando a tendência robusta de vendas dos últimos meses. “Estamos organizados para uma Black Friday totalmente omni e nossos estoques estão bem compostos para o Natal.”
Cyrela (CYRE3)
A Cyrela divulgou ontem (11) alta de 18% no lucro bruto do terceiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, para R$ 447 milhões, impulsionada por crescimento de receita.
Em termos líquidos, o lucro desabou 83%, para R$ 238 milhões, uma vez que, no terceiro trimestre do ano passado, a companhia havia obtido lucro líquido de R$ 1,4 bilhão como resultado de ganhos financeiros com os IPOs das construtoras Cury, Plano&Plano e Lavvi.
Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$ 227,1 milhões para a Cyrela no terceiro trimestre, segundo dados da Refinitiv. A companhia apurou uma geração de caixa positiva em R$ 177 milhões ante 87 milhões no segundo trimestre e 745 milhões entre julho e setembro do ano passado.
PagSeguro (PAGS34)
A empresa de meios de pagamentos PagSeguro teve lucro líquido de R$ 321,5 milhões no terceiro trimestre, crescimento de 22,1% sobre o desempenho do mesmo período de 2020, informou a companhia ontem (11).
A base de usuários de máquinas de pagamento da companhia subiu em 1,4 milhão em 12 meses, para 7,7 milhões, enquanto a base de usuários ativos do banco digital da empresa cresceu em 5,5 milhões, para 12,2 milhões.
A companhia teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 741,5 milhões , expansão de 39,8% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. A receita total disparou 55,8% no período, para R$ 2,77 bilhões.
CPFL Energia (CPFE3)
A CPFL Energia registrou lucro líquido de R$ 1,436 bilhão no terceiro trimestre de 2021, avanço de 6,2% em relação ao mesmo período do ano passado, informou a empresa em comunicado ontem (11). O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) consolidado chegou a R$ 2,596 bilhão, salto de 32,8% ante igual período de 2020.
A companhia ainda apresentou um aumento de 2% na carga da área de concessão e concluiu alguns processos de crescimento, como a aquisição da CEEE-T (CPFL Transmissão) e a construção do Complexo Eólico de Gameleira, esta última causando aumento de 81,7 MW na capacidade instalada da companhia.
“Se por um lado já observamos uma redução das incertezas relacionadas à pandemia, por outro enfrentamos um cenário desfavorável no que se refere à hidrologia e à macroeconomia. Ainda assim trazemos ótimas notícias, alcançando mais uma vez resultados expressivos em nossos segmentos de atuação”, disse o presidente da empresa, Gustavo Estrella, em nota.
Unipar (UNIP6)
O presidente da Unipar, Mauricio Russomano, está buscando um terceiro projeto para auto-produção de energia por fontes renováveis, que deve fazer com que a empresa química produza 70% do que consome até 2023.
Em entrevista ontem (11), Russomano afirmou que duas outras joint ventures de geração de energia eólica devem entrar em operação nem 2022 suprindo cerca de 50% da energia consumida.
A Unipar multiplicou o lucro líquido nos primeiros nove meses do ano, para R$ 1,3 bilhão, muito acima dos R$ 80 milhões do ano passado, mas com um efeito extraordinário de 500 milhões de ganho fiscal devido a mudanças no cálculo de impostos.
O Ebitda, de R$ 2 bilhões, foi quase o quádruplo do obtido nos primeiros 9 meses do ano passado, por conta da alta do volume de vendas e dos preços internacionais de produtos químicos.
Com uma posição de caixa de cerca de R$ 1,4 bilhão e baixa alavancagem, Russomano diz que a Unipar está em busca de oportunidades de expansão, tanto orgânicas quanto de aquisição.
A Unipar planeja construir até duas fábricas para produção de cloro e soda na região Nordeste do país. Estão sendo analisados possíveis locais para instalação na Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco ou Sergipe, afirmou.
A empresa química deve anunciar em breve uma terceira joint venture para auto produção de energia. A Unipar espera que seus dois projetos já contratados, parques eólicos na Bahia em associação com a AES e de energia solar em Minas Gerais com a Atlas Renewable Energy, comecem a fornecer energia para as unidades produtivas no ano que vem.
Em fato relevante, a companhia anunciou um programa de recompra de ações com duração de 18 meses. O programa envolve até 2,2% das ações ordinárias, 6,2% das preferenciais classe A e até 7,6% das preferenciais classe B.
CCR (CCRO3)
A operadora de concessões de infraestrutura CCR teve forte aumento do lucro no terceiro trimestre, beneficiada pela recuperação do tráfego nas rodovias com a gradual retomada da atividade econômica devido ao arrefecimento da pandemia.
A empresa anunciou ontem (11) lucro comparável de R$ 180,9 milhões de julho a setembro, aumento de cerca de 53% sobre um ano antes. Em termos consolidados, o lucro evoluiu 55,5%.
“O resultado refletiu a recuperação do tráfego nas rodovias, que cresceu 14,5%”, afirmou a CCR no relatório de resultados.
A receita líquida da companhia no trimestre somou R$ 2,57 bilhões. Na mesma base de comparação, a alta foi de 6%, com destaque para veículos leves. E as despesas totais subiram 4,4% na mesma base, ritmo inferior ao da inflação no período.
Com isso, o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado subiu 21,1%, para R$ 1,61 bilhão. E a margem Ebitda evoluiu 3,3 pontos percentuais, a 63,1%. Entre o final de 2022 e começo de 2023 deve voltar aos patamares pré-pandemia.
Segundo a gerente de relações com investidores da CCR, Flavia Godoy, o movimento em rodovias administradas pela companhia no acumulado do ano tende a superar o do ano passado, dadas as perspectivas positivas para este quarto trimestre.
Já nas concessões de mobilidade urbana, o tráfego de passageiros no trimestre nas concessões da CCR, que incluem linhas do metrô paulistano, foi 33% maior ano a ano, enquanto o movimento nos aeroportos foi mais de 300% mais alto.
“Mantida a atual tendência de recuperação, o nível de tráfego em mobilidade urbana e aeroportos tende a voltar aos níveis pré-pandemia entre o final de 2022 e o começo de 2023”, disse a porta-voz da companhia.
A dívida líquida atingiu R$ 16 bilhões no fim de setembro, com o indicador dívida líquida/Ebitda ajustado em 2,4 vezes, contra 2,7 vezes um ano antes. “A empresa tem bastante espaço no balanço para aproveitar novas oportunidades”, disse Godoy.
A CCR garantiu em outubro a concessão por mais 30 anos da Via Dutra (BR-116), principal ligação rodoviária São Paulo-Rio de Janeiro, e da BR 101, entre Rio e Ubatuba (SP), ofertando desconto de 15,3% no valor de pedágio, além de uma outorga de R$ 1,77 bilhão, batendo a rival Ecorodovias. O novo contrato começa em 1 de março de 2022.
Energisa (ENGI11)
A elétrica Energisa reportou lucro líquido consolidado de R$ 863,9 milhões para o terceiro trimestre de 2021, queda de 6,3% ante igual período do ano anterior, conforme balanço financeiro divulgado ontem (11).
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado consolidado da empresa somou R$ 1,87 bilhão, avanço de 38% na comparação anual.
As vendas de energia –somando mercado cativo e TUSD– cresceram 2,4% no ano a ano, para 9.148,3 gigawatts-hora (GWh). Considerando o consumo não-faturado, o crescimento foi de 1,6% e todas as classes apresentaram incremento entre os trimestres, disse a empresa.
Os custos operacionais controláveis (PMSO) cresceram 24,4% no trimestre (R$ 133,9 milhões), frente à baixa base de comparação dos custos operacionais vistos um ano antes, “reduzido em função de medidas excepcionais do início da pandemia da Covid-19”.
A dívida líquida consolidada totalizou R$ 14,63 bilhões em setembro, contra 13,59 bilhões ao fim do terceiro trimestre de 2020. Já os investimentos consolidados foram de 1,194 bilhões, aumento de 84,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Positivo Tecnologia (POSI3)
As ações da Positivo Tecnologia dispararam quase 9% ontem (11), após a companhia reportar alta de mais de 60% na receita bruta do terceiro trimestre, a R$ 979,4 milhões, montante que prevê superar nos últimos três meses do ano. Por volta de 12:45, os papéis subiam 6,2%, a R$ 9,89, enquanto o índice Small Caps, do qual fazem parte, mostrava acréscimo de 3,73%. Na máxima até o momento, chegaram a R$ 10,14 (+8,9%). Leia aqui a notícia completa.
JBS (JBSS3)
A JBS, maior produtora global de carnes, afirmou que continuará repassando custos mais altos aos consumidores, à medida que lida com maiores despesas nos principais mercados do mundo. Em uma teleconferência trimestral de resultados, executivos da JBS disseram ainda que seu plano de listar ações nos Estados Unidos continua sendo uma prioridade. Leia aqui a notícia completa.